O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que tem provas de que «na semana passada o regime sírio utilizou armas químicas na localidade de Douma», situada na região de Ghouta Oriental.
Um jornalista da BBC que cobre a agressão à Síria desde 2012, Riam Dalati, escreveu no twitter que a foto «último abraço», que serve de «prova» ao uso de armas químicas pelo exército sírio em Douma, foi encenada pelos Capacetes Brancos (White Helmets), organização de propaganda coordenada por serviços secretos ocidentais e que actua ao lado dos terroristas da Al-Qaeda sob a cobertura de «grupo humanitário». Entretanto, o tweet foi apagado por violar a política editorial afirmou.
Vladimir Chizov, embaixador da Federação Russa na União Europeia, declarou à Euronews que especialistas militares do seu país «visitaram a região de Douma, deslocaram-se nas ruas, entraram em casas, falaram com médicos locais, visitaram o único hospital em funcionamento e não viram um único cadáver nem mesmo uma única pessoa que tenha sido tratada» em consequência de um ataque químico. «Pura e simplesmente não houve um ataque químico», acrescentou Chizov, sublinhando que as caves onde o grupo Capacetes Brancos afirmou existirem «pilhas de cadáveres» estavam vazias.
Até no governo dos EUA há dúvidas
O secretário norte-americano da Defesa, James Mattis, afirmou que os militares dos Estados Unidos não têm qualquer prova de que cloro ou gás sarin tenham sido usados num ataque químico na localidade de Douma, na Síria. «Como não estamos no terreno não posso dizer que tenhamos provas, a não ser as divulgadas pela comunicação social e os relatos mediáticos», explicou Mattis perante o Congresso. Segundo o secretário da Defesa, que já anteriormente tinha declarado que os Estados Unidos não possuem provas da utilização de armas químicas pelo governo sírio, a paz na Síria deve ser alcançada através do processo de Genebra, congregando os esforços das Nações Unidas.
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