Numa nota divulgada no seu portal, o sindicato LAB sublinha que, em 2014, também ocorreu um acidente laboral mortal na mesma fábrica e que, em ambos os casos, os trabalhadores, apanhados por máquinas, eram subcontratados.
Neste sentido, denuncia que as verdadeiras causas destes acidentes são «a ganância e a irresponsabilidade de uns quantos».
O acidente que vitimou o trabalhador na Talleres Aratz, em Gasteiz, foi o quarto sinistro laboral mortal no País Basco no espaço de uma semana. No domingo anterior, um trabalhador de 61 anos perdeu a vida em Erandio (Biscaia), num acidente ocorrido numa empresa de distribuição de pão.
Na segunda-feira, um trabalhador da construção civil faleceu em Arrasate (Guipúscoa), quando trabalhava numa obra; na terça-feira, um condutor de uma empresa de transportes perdeu a vida num acidente grave em Erribera (Navarra).
Mil mortos em acidentes de trabalho desde 2008
De acordo com os dados recolhidos pelo LAB, desde 2008, mil pessoas perderam a vida no trabalho no País Basco, facto que a organização sindical classifica como «absolutamente inadmissível».
Pelo facto, responsabiliza as empresas e as instituições dos diversos níveis da administração, «que continuam a olhar para o lado face a um problema social e laboral tão grave como são os acidentes de trabalho mortais».
Neste sentido, aponta o dedo ao governo Urkullu, «que conta com competências para fazer cumprir a norma da saúde laboral». «O facto de não atribuir recursos para a fiscalização do cumprimento representa "via livre" para o patronato», que «sabe que não será sancionado se não cumprir a lei».
Para o LAB, trata-se de uma decisão política. «No patronato não se toca», denuncia.
Por isso, exige medidas eficazes e sanções para quem põe em risco a vida dos trabalhadores, e pergunta até quando vai ser preciso ver «como os nossos colegas perdem a vida por causa da ganância e da irresponsabilidade de uns quantos».
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