O cartaz, colocado na parte lateral de um autocarro turístico, reproduz a histórica fotografia de Fidel a erguer a bandeira da Frente de Libertação Nacional do Vietname do Sul na Colina 241 (na comuna de Cam Chinh, distrito de Cam Lo).
A imagem surge acompanhada pelas bandeiras de ambos os países e pela reprodução (em castelhano) da igualmente histórica afirmação então proferida pelo comandante-em-chefe: «Pelo Vietname, estamos dispostos a dar até o nosso próprio sangue.»
A iniciativa, indica a agência Prensa Latina, resulta da colaboração entre o Consulado Geral de Cuba na metrópole do Sul, os departamentos da Cultura, Desporto e Turismo do Comité Popular da Cidade de Ho Chi Minh, a companhia estatal Anh Viet Hop on Hop off e a Universidade de Belas-Artes.
O autocarro, confirmou à agência a cônsul cubana Ariadne Feo Labrada, andará a circular até ao próximo dia 30, precedendo a realização na cidade de um evento a propósito da efeméride.
Vietname e Cuba: longe e sempre perto
«Embora separados geograficamente, Vietname e Cuba sentem-se sempre orgulhosos de ter uma relação próxima, fiel, pura e sincera», disse recentemente Tran Ngoc Tam, presidente do Comité Popular da província de Ben Tre, na região do Delta do Mekong.
Numa iniciativa comemorativa do 70.º aniversário do assalto ao Quartel Moncada e do 50.º aniversário da primeira visita de Fidel Castro ao país do Sudeste Asiático, Ngoc Tam sublinhou que essa «ligação sólida foi construída e alimentada minuciosamente pelo presidente Ho Chi Minh e por Fidel Castro».
«É por essa razão – disse – que a solidariedade, o apoio e a cooperação com Cuba são para o Vietname como um mandato do coração e uma política consequente que nunca muda.»
Na cerimónia, que teve lugar a 6 de Setembro no Comité Popular de Ben Tre, a cônsul-geral de Cuba na Cidade de Ho Chi Minh agradeceu ao Partido Comunista e ao povo do Vietname pelo apoio constante à Ilha.
Nada travou Fidel
Numa cerimónia em Hanói, foi destacado o significado político da visita de Fidel Castro ao Vietname, em Setembro de 1973 - o «único líder mundial» a atravessar o famoso Paralelo 17, em plena guerra. Este facto representou uma «fonte de grande estímulo espiritual, fortalecendo a vontade, a força e a coragem do Exército e do povo vietnamita na luta pela libertação do Sul e a reunificação do país», disse Hai Ha durante a cerimónia que teve lugar na Embaixada de Cuba em Hanói, esta terça-feira, para assinalar os 50 anos do início da histórica visita do líder da Revolução cubana ao país asiático. Hai Ha, que é também o titular da Comissão de Relações Externas da Assembleia Nacional, afirmou que a fotografia de Fidel Castro a erguer a bandeira da Frente de Libertação Nacional do Vietname do Sul na Colina 241 (na comuna de Cam Chinh, distrito de Cam Lo), tirada na ocasião, permanece na memória de muitos vietnamitas, tal como a frase que ali proferiu: «Pelo Vietname, estamos dispostos a dar até o nosso próprio sangue», refere a Vietnam News Agency (VNA). Essa afirmação, disse o presidente da Associação de Amizade Vietname-Cuba, tornou-se um símbolo das relações entre o Vietname e Cuba, e um lema para a amizade leal entre ambos os países, tanto no passado como no presente e no futuro. Numa outra parte da sua intervenção no acto comemorativo do início da visita de Fidel ao Vietname e ao território libertado do Sul, em Setembro de 1973, o deputado vietnamita lembrou que Cuba deu ao seu país não apenas apoio espiritual e moral, mas enormes quantidades de ajuda material, refere a Prensa Latina. Sublinhando que o Partido, o Estado e o povo do Vietname jamais esquecerão esse «enorme apoio do povo cubano à luta de libertação nacional», Hai Ha afirmou que o seu país está determinado a reforçar os laços que mantém com a Ilha e a «amizade especial» que une ambos os povos. Referindo-se a este acontecimento, o embaixador cubano na capital vietnamita, Orlando Hernández, lembrou que nem a notícia chocante do assassinato de Salvador Allende, nem o perigo dos bombardeamentos e dos campos minados, as pontes destruídas e as aldeias arrasadas ou a ameaça de um ciclone conseguiram impedir que Fidel Castro chegasse até à província de Quang Binh e, depois, às zonas recentemente libertadas do Sul, na província de Quang Tri. Hernández recordou ainda como, das conversas mantidas entre Fidel Castro e o então primeiro-ministro vietnamita, Pham Van Dong, surgiu o compromisso de construir cinco importantes obras de impacto económico-social e a ajuda para reconstruir o Trilho de Ho Chi Minh. Os laços de amizade que unem Cuba ao Vietname foram reforçados com a visita de Fidel ao país asiático em Setembro de 1973, como sublinha a obra agora apresentada do jornalista José Llamo Camejo. A apresentação em Guantánamo, esta terça-feira, do livro Fidel. Un guerrillero antillano en el paralelo 17 é uma de muitas iniciativas relacionadas com o Dia da Imprensa Cubana, que se assinala dia 14 de Março, mas cujo programa de celebrações «oficiais» incluirá, ao longo dos próximos dez dias, exposições, debates, publicações, entregas de prémios e outras actividades, segundo revelou a Unión de Periodistas de Cuba (UPEC). O texto, da autoria do jornalista José Llamo Camejo, recolhe em 14 relatos, distribuídos por oito capítulos, e 45 fotografias os testemunhos do acontecimento histórico que foi a única visita de um chefe de Estado estrangeiro ao Vietname na fase final da guerra contra os invasores norte-americanos e seus aliados. Os episódios narrados referem-se à estadia de Fidel nas províncias de Quang Binh (Vietname do Norte) e Quang Tri (Vietname do Sul), entre 12 e 17 de Setembro de 1973, e resultam da recolha de informação levada a cabo pelo jornalista cubano ao longo de nove dias, em 2017, no país do Sudeste Asiático, informa a Prensa Latina. A obra ontem apresentada em Guantánamo foi publicada em 2018, com o patrocínio de La Voz de Vietnam, por ocasião do 45.º aniversário da visita do líder da Revolução cubana a zonas recém-libertadas do país asiático. Nela, o jornalista apresenta perspectivas originais da visita, a partir de encontros que manteve com «heróis da guerra, choferes, tradutores, fotógrafos, pessoal da segurança e pessoas comuns que tiveram oportunidade de saudar o histórico Comandante-em-Chefe». No diálogo que ontem estabeleceu com órgãos de comunicação locais, Llamo Camejo realçou «a profunda impressão que lhe causou o esforço levado a cabo pelos vietnamitas para vencer o desafio de proteger o Comandante em circunstâncias tão perigosas, as tensões que tal desafio gerou», bem como as razões pelas quais «o inimigo não conseguiu cheirar Fidel quando este lhe tocou o nariz naquele cenário de guerra», disse, citado pela Prensa Latina. O escritor e jornalista explicou que, «conscientes do perigo que representava para Fidel aparecer num território cheio de minas, sob ataques constantes do inimigo e com a ameaça adicional de um ciclone», os responsáveis vietnamitas tentaram demovê-lo de ir à zona de guerra, mas Fidel «não vacilou em expressar que, se não ia ao Sul [a província de Quang Tri, território recentemente libertado], a sua visita não teria sentido». Llamo Camejo sublinhou o quão emocionante foi a sua experiência, que lhe permitiu conhecer mais a fundo «a coragem do povo vietnamita e a audácia e o humanismo de Fidel», que esteve a apenas dois quilómetros das posições inimigas, num território repleto das minas anti-pessoais do Exército dos EUA. A apresentação, em Guantánamo, de Fidel. Un guerrillero antillano en el paralelo 17 serviu para inaugurar na província do Oriente cubano as actividades relacionadas com o Dia da Imprensa Cubana, instituído a propósito da fundação, por José Martí, do periódico Patria, cujo primeiro número foi publicado a 14 de Março de 1892. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. O embaixador cubano destacou ainda a confiança política e a óptima cooperação bilateral entre os dois países, em todas as esferas, notando que o Vietname é hoje o segundo maior parceiro comercial e o primeiro investidor da Ásia em Cuba, com muitos projectos ligados à segurança alimentar. Além disso, Hernández agradeceu à VNA por colocar à disposição da embaixada 11 fotografias dos seus arquivos históricos, que são agora exibidas no exterior da sede diplomática «para que os transeuntes conheçam ou recordem uma visita que foi uma vitória de Cuba e do Vietname». Há 50 anos, lembra a VNA, Fidel Castro iniciou uma visita ao Vietname (que decoorreu de 12 a 17 de Setembro), tornando-se o primeiro e único líder de um governo estrangeiro a atravessar o famoso Paralelo 17, que separava o Norte do Sul do país asiático, em plena guerra. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. 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Enaltecido em Hanói o grande significado da visita de Fidel ao Vietname
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Presença de Fidel Castro no Vietname evocada em Guantánamo
Coragem do povo vietnamita e de Fidel Castro
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No passado dia 12, a Embaixada de Cuba em Hanói acolheu uma cerimónia para assinalar os 50 anos do início da histórica visita do líder da Revolução cubana ao país asiático – realizou-se entre 12 e 17 de Setembro de 1973.
Referindo-se a este acontecimento, o embaixador cubano na capital vietnamita, Orlando Hernández, lembrou então que nem a notícia chocante do assassinato de Salvador Allende, nem o perigo dos bombardeamentos e dos campos minados, as pontes destruídas e as aldeias arrasadas ou a ameaça de um ciclone conseguiram impedir que Fidel Castro chegasse até à província de Quang Binh e, depois, às zonas recentemente libertadas do Sul, na província de Quang Tri.
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