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«Caiu-lhes a máscara», diz Maduro sobre roubo do petroleiro pelos EUA

O governo venezuelano apresentou uma queixa na Organização Marítima Internacional (OMI), na sequência do assalto a um petroleiro nas Caraíbas pelos EUA, que violaram a liberdade de comércio e navegação.

Na Comuna Socialista Amalivaca, Nicolás Maduro disse que os EUA inauguraram uma nova era de pirataria naval criminosa nas Caraíbas Créditos / PL

A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, informou esta quinta-feira no estado de La Guaira que tinha mantido uma conversa telefónica com o secretário executivo da OMI, Arsenio Domínguez, para formalizar uma queixa relativa ao petroleiro que tropas norte-americanas assaltaram no Mar das Caraíbas.

Explicando que solicitou ao organismo que activasse todos os canais e mecanismos internacionais que garantam a liberdade de navegação e de comércio marítimo, Rodríguez disse que a República Bolivariana faz o que tem a fazer nestes casos: «Apelar à legalidade internacional para defender os nossos recursos naturais.»

Sobre a acção ilegal das Forças Armadas norte-americanas, levada a cabo no passado dia 10, a vice-presidente afirmou que visou «prejudicar o comércio marítimo petrolífero do país» e referiu-se ao incidente como um «vulgar roubo» que desmascara as verdadeiras razões da agressão constante à Venezuela.

«A verdade verdadeira é que querem o nosso petróleo e querem-no sem pagar», denunciou a ministra, rejeitando as justificações apresentadas pelo governo norte-americano para intervir no país, como o combate ao narcotráfico ou questões relacionadas com os direitos humanos e a democracia.

Rodríguez sublinhou que a «desproporcionada e exagerada» operação militar dos EUA na região – com navios de guerra, aviões de combate, um submarino nuclear e milhares de tropas – se revelou agora como uma operação para perturbar as actividades económicas e comerciais nas Caraíbas e, inclusive, roubar os recursos naturais venezuelanos, indica a TeleSur.

Nicolás Maduro: «Caiu-lhes a máscara»

Também esta quinta-feira, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que, com o roubo e o sequestro do navio petroleiro e dos seus tripulantes, os Estados Unidos inauguraram «uma nova era da pirataria naval criminosa nas Caraíbas».

Numa visita à Comuna Socialista Amalivaca, em El Recreo (Caracas), Maduro afirmou que, com este episódio, «caiu a máscara» aos EUA, ficando à mostra que a verdadeira intenção é apoderar-se do petróleo venezuelano.

«Foi um acto de pirataria a um navio mercantil, comercial, civil e privado», disse o chefe de Estado, acrescentando que o barco foi assaltado não junto à costa venezuelana, mas muito mais para norte, quase a chegar ao Atlântico, em direcção à ilha de Granada.

Maduro mostrou grande preocupação com os tripulantes da embarcação, que levava para os mercados internacionais 1 900 000 barris de petróleo pagos na Venezuela, sublinhando que, se o seu país não tivesse as maiores reservas de petróleo do mundo, não existiria para os multimilionários e supremacistas norte-americanos.

«O destino dos Estados Unidos e da Venezuela deve ser de respeito, amizade e cooperação», destacou o presidente ao venezuelano ao saudar as delegações internacionais presentes, que haviam participado na Assembleia dos Povos pela Soberania e a Paz (realizada em Caracas nos dias 9 e 10).

Nicolás Maduro pediu ainda ao povo norte-americano para «conquistar a paz, amarrar as mãos dos belicistas e derrotar os planos para uma guerra sem sentido» na América do Sul, refere a fonte.

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