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|Europa

Preços recorde da energia na Alemanha, França e Reino Unido

O preço da electricidade para 2023 atinge novos recordes no contexto da crise energética europeia alimentada pelo conflito em curso na Ucrânia, a especulação e as sanções a Moscovo.

Créditos / PressTV

De acordo com AFP, na Alemanha o preço da electricidade para o próximo ano atingiu os 850 euros por megawatt hora (MWh) na bolsa de valores. Em França, os contratos anuais ultrapassaram os mil euros esta sexta-feira.

Trata-se de preços inéditos em ambos os países, sendo que os valores agora referidos da electricidade no mercado grossista são dez vezes superiores aos registados há um ano – 85 euros tanto em França como na Alemanha.

O aumento dos preços da energia, juntamente com a inflação galopante, contribui fortemente para a deterioração das condições de vida dos povos europeus, depois de múltiplos países do continente terem rompido as suas ligações energéticas com a Rússia, que era o principal fornecedor de gás natural da Europa.

O aumento dos preços da energia nos mercados internacionais deve-se, em grande medida, à especulação e à insistência na política de sanções que os EUA e a União Europeia (UE) decretaram contra a Rússia, alegando o conflito na Ucrânia.

As multinacionais do sector da produção energia apresentaram lucros de milhares de milhões de euros em anos recentes e já este ano, e, se agora, alegam um panorama de «incerteza» quanto à capacidade de poupar gás para fazer funcionar as suas centrais eléctricas, o panorama já lhes pareceu menos incerto no momento de distribuir dividendos aos accionistas.

Quem não tem muitas incertezas quanto aos lucros chorudos das multinacionais é, por exemplo, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), em França, que, entre as dez medidas para defender os salários e o poder de compra dos trabalhadores, propõe a redução do preço dos combustíveis, lembrando os lucros das multinacionais do sector.

O Partido do Trabalho da Bélgica (PTB-PVDA), que há muito trava uma batalha contra as «facturas de energia incomportáveis», defende que o aumento de preços não é inevitável e que governo federal belga deve controlá-los taxando os lucros da multinacional no país.

Cortesia: PressTV

No entanto, apostados em seguir a eito a política militarista de Washington «até ao último ucraniano», os países da UE preparam-se para dar asas ao liberalismo enquanto anunciam o milagre do mercado regulado e propõem campanhas de poupança energética para enfrentar o Inverno.

Até aqui, o autarca de Vigo (Galiza) podia pintar as paredes com luzes natalícias durantes meses – em prol da causa turística –, que era tudo uma festa. Entretanto, surgiram os «valores europeus» dos atados aos postes, o «tudo contra a Rússia» a céu aberto e em pleno dia (a campanha na penumbra da ausência de holofotes mediáticos foi outra) e «a China afinal é já aqui mesmo».

A República Checa, que ocupa a presidência rotativa da UE, deu sinal das preocupações no seio da civilização que tem de alimentar a guerra e poupar energia, e anunciou, na sexta-feira, que iria convocar uma cimeira sobre a crise energética da UE «na data mais próxima possível».

No Reino Unido, o Office of Gas and Electricity Markets (Ofgem) anunciou um enorme aumento nas facturas de electricidade e gás, evidenciando o agravamento da crise do custo de vida no país, antes da chegada do Inverno e de que o novo primeiro-ministro assuma o cargo.

As facturas de energia no país devem aumentar 80%, para uma média de 3549 libras por ano a partir de Outubro, anunciou o regulador, que se referiu ao enorme aumento como uma «crise» a que o governo deve enfrentar com medidas urgentes e decididas.

Naquilo que está a ser classificado como um «Verão Quente», são os trabalhadores organizados que se estão a mobilizar, realizando diversas greves e mobilizações para defender os seus direitos, os salários, o poder de compra e lembrar que as grandes empresas que agora se queixam da «crise» têm andando a facturar milhões à custa do seu trabalho.

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