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|Palestina

Polícia israelita lançou campanha de detenções nos territórios ocupados em 1948

A operação de larga escala, designada «Lei e Ordem» e lançada esta segunda-feira, tem como alvo 500 palestinianos residentes em Israel. Desde 9 de Maio, mais de 1500 foram ali detidos.

Os palestinianos estão a ser detidos em aldeias e cidades dos territórios ocupados em 1948 por terem apoiado Gaza 
Os palestinianos estão a ser detidos em aldeias e cidades dos territórios ocupados em 1948 por terem apoiado Gaza Créditos / Middle East Monitor

De acordo com a agência WAFA, a «Operação Lei e Ordem» representa um «ajuste de contas» com os palestinianos com cidadania israelita ou residentes em aldeias e cidades dos territórios ocupados em 1948.

São visados alegadamente por terem organizado protestos – ou neles terem participado – contra as políticas do regime de apartheid sionista, nomeadamente as expulsões de famílias palestinianas do Bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada, os ataques a palestinianos no complexo da Mesquita de al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém, e a brutal ofensiva contra o enclave costeiro cercado de Gaza.

A mesma fonte revela que, ao executarem a campanha, as forças israelitas estão a efectuar detenções violentas, a derrubar portas das casas e intimidar menores e famílias.

Em declarações à WAFA, Hassan Jabarin, director do Centro Legal para os Direitos da Minoria Árabe em Israel (Adalah), criticou a campanha massiva de detenções como uma «declaração de guerra contra os manifestantes palestinianos, activistas políticos e menores, como vingança pelas posições políticas e nacionais que assumiram recentemente».

As autoridades israelitas apresentam a «Lei e Ordem» como uma operação para lidar com «agitadores» e «criminosos» envolvidos em ataques contra «judeus» nas últimas semanas, mas, para os palestinianos que vivem nos territórios ocupados em 1948, é claro que se trata de uma tentativa de «intimidar e disciplinar» quem se mobilizou nos últimos tempos.

Mais de 1500 palestinianos com cidadania israelita foram presos desde 9 de Maio, revela a WAFA, precisando que pelo menos 200 serão processados judicialmente. Por seu lado, a Sociedade dos Prisioneiros Palestinianos (SPP) afirmou que as forças de ocupação israelitas levaram a cabo campanhas sistemáticas de detenções ao longo do mês de Maio, que afectaram mais de 2400 palestinianos. Já hoje, a SPP deu conta de 18 detenções em vários pontos da Cisjordânia ocupada.

Outro elemento destacado pela SPP é o aumento das detenções administrativas. Desde o início deste mês, foram emitidas 155 ordens de detenção administrativa contra os palestinianos, 84 das quais são novas ordens e as restantes renovações. De acordo com a SPP, trata-se da percentagem mais elevada, num tão curto período de tempo, em vários anos.

De acordo com o regime de detenção administrativa, Israel pode manter os palestinianos presos sem julgamento e sem acusação por períodos de seis meses indefinidamente renováveis.

Palestinianos mortos pelas forças israelitas em Jerusalém e al-Bireh

Na madrugada desta terça-feira, as forças israelitas à paisana mataram um palestiniano, identificado como Jamil Fahd, na cidade de al-Bireh, na Margem Ocidental ocupada.

Este assassinato segue-se ao de outro palestiniano, de 17 anos de idade, ontem perpetrado por forças israelitas em Jerusalém Oriental ocupada, tendo estas alegado que Zuhdi al-Tawil as tentou atacar com uma faca.

Estas mortes têm lugar num contexto de grande tensão nos territórios palestinianos ocupados, incluindo o actual Estado de Israel, e seguem-se a semanas de repressão, confrontos e milhares de detenções.

Para além disso, a Faixa de Gaza esteve submetida a 11 dias de bombardeamentos que, segundo os dados mais recentes divulgados pela WAFA (à medida que vão sendo encontrados corpos nos escombros e que alguns feridos em estado grave morrem) provocou a morte a 253 palestinianos e deixou feridos mais de 8500.

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