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Israelitas prenderam mais de 500 palestinianos em Janeiro, incluindo 89 menores

No mês passado, Israel prendeu 509 palestinianos em Jerusalém e na Cisjordânia ocupadas, e na Faixa de Gaza cercada, incluindo 89 menores e oito mulheres, revelaram grupos de defesa dos presos.

As forças de ocupação israelitas prendem um palestiniano na Margem Ocidental ocupada (imagem de arquivo)
As forças de ocupação israelitas prendem um palestiniano na Margem Ocidental ocupada (imagem de arquivo) Créditos / Middle East Monitor

A Sociedade de Presos Palestinianos, a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos e a Addameer (grupo de defesa dos direitos dos presos) revelaram, num comunicado conjunto divulgado esta quinta-feira pela agência Ma'an, que as autoridades israelitas prenderam 88 palestinianos em Ramalhah, 80 em Hebron, 55 em Jenin, 62 em Belém, 30 em Nablus, 30 em Tulkarem, 25 em Qalqilya, oito em Toubas, seis em Salfit e dez em Jericó (Margem Ocidental ocupada), 102 em Jerusalém Oriental e dez na Faixa de Gaza.

Com estas detenções, em 31 de Janeiro de 2019 o número de palestinianos presos nas cadeias israelitas elevava-se a 5700, 48 dos quais eram mulheres e 230 menores de 18 anos, afirma-se ainda no comunicado.

As autoridades israelitas emitiram 95 ordens de detenção administrativa, 50 das quais correspondem a novas detenções e 45 a renovações, elevando para 500 o número de presos em regime de detenção administrativa (ao abrigo do qual Israel pode manter os palestinianos encarcerados por períodos de seis meses indefinidamente renováveis, sem julgamento nem culpa formada).

Israel mantém presos 18 jornalistas, incluindo três mulheres. Três deles estão em detenção administrativa, dois cumprem penas de prisão perpétua e dois longas penas de prisão, revela o comunicado conjunto, que assinala também o facto de, nos últimos anos, Israel ter intensificado a política de punição colectiva contra familiares de palestinianos que alegadamente atacaram israelitas – nela se incluindo a detenção, por vários períodos de tempo, de parentes mais chegados ou distantes, do alegado atacante.

20 palestinianos feridos na 47.ª semana da Grande Marcha do Retorno

Pelo menos, 20 palestinianos foram atingidos por disparos das forças israelitas, esta sexta-feira, quando participavam na 47.ª semana consecutiva de mobilizações da Grande Marcha do Retorno, junto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, informam a PressTV e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).

O Ministério da Saúde em Gaza confirmou que os soldados feriram os palestinianos com balas reais, tendo acrescentado que um dos feridos é um adolescente de 15 anos, que ficou em estado grave, depois de ser atingido com uma bala no peito.

Mais de 11 mil palestinianos terão participado, em Gaza, nas mobilizações da 47.ª semana consecutiva da Grande Marcha do Retorno Créditos

De acordo com fontes informativas de Gaza a que o MPPM faz referência, mais de 11 mil palestinianos participaram esta sexta-feira nas manifestações da Grande Marcha do Retorno, que tiveram início em 30 de Março de 2018.

Entre as exigências fundamentais destas mobilizações contam-se o fim do cerco ao pequeno enclave costeiro, que se prolonga desde 2007, e o direito de retorno dos refugiados palestinianos e seus descendentes às terras de onde foram expulsos no âmbito da campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas quando da criação do Estado de Israel, em 1948.

Fontes palestinianas indicam que, desde o início da Grande Marcha do Retorno, o número de palestinianos mortos pelas forças israelitas nestas manifestações é superior a 260 e que o número de feridos se eleva a mais de 26 mil.

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