Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|Palestina

Os palestinianos também têm direitos, lembra MPPM no Dia da Terra

Quarenta e seis anos após os acontecimentos que motivaram a celebração do Dia da Terra, o povo palestiniano enfrenta uma renovada campanha de expropriações, com grande incidência em Jerusalém Oriental.

Mulheres participam na 50.ª semana consecutiva de mobilizações da Grande Marcha do Retono, em Gaza (8 de Março de 2019)
Mulheres participam nas mobilizações da Grande Marcha do Retorno, em Gaza (Março de 2019) Créditos / mondoweiss.net

A 30 de Março de 1976, no Norte dos territórios ocupados em 1948, seis palestinianos foram mortos e cerca de cem ficaram feridos, na sequência da brutal repressão do Exército israelita sobre quem protestava contra a expropriação de terras entre as aldeias de Sakhnin e Arraba.

Além disso, várias centenas de pessoas foram presas durante a greve geral e as grandes manifestações de protesto que, nesse dia, tiveram lugar contra o roubo de terras. A partir de então, os palestinianos passaram a comemorar o Dia da Terra a cada 30 de Março.

Nesta data, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) «reafirma a sua solidariedade de sempre com a luta do povo palestiniano, contra a ocupação, o regime de segregação e a limpeza étnica», lê-se numa nota ontem publicada.

O MPPM lembra que, nos dias de hoje, o povo palestiniano enfrenta «uma extensa e renovada campanha de expropriações, com particular incidência em Jerusalém Oriental, prolongando a limpeza étnica […] concomitante com a criação do Estado de Israel, em 1948».

A acompanhá-la, estão os anúncios de construção de novos colonatos e a intensificação dos processos de alargamento dos já existentes, bem como a intensificação da «acção violenta de grupos de colonos que, com a cobertura e o apoio do Exército israelita, semeiam o terror nas comunidades palestinianas em toda a Cisjordânia, destruindo árvores, campos de cultivo e propriedades, humilhando e agredindo homens mulheres e crianças», denuncia o movimento solidário.

Por seu lado, na Faixa de Gaza cercada – um território em que, «desde 2020, de acordo com as Nações Unidas, a vida humana é ecologicamente insustentável» –, «cerca de dois milhões de pessoas continuam submetidas a um bloqueio cruel e criminoso».

Israel acentua a segregação e a repressão

Entretanto, Israel «acentua a sua condição de Estado de segregação, conforme tem sido amplamente denunciado por organizações de direitos humanos, palestinianas e internacionais» e, tal como no passado, mantém uma repressão brutal sobre «os protestos legítimos contra as espoliações e contínuas arbitrariedades».

É neste contexto que quase 5000 palestinianos, incluindo 180 menores e 34 mulheres, estão presos. Destes, 490 estão submetidos a um regime de prisão conhecido como «detenção administrativa», que é renovada indefinidamente por um tribunal militar, sem acusação nem culpa formada, sem assistência de um advogado, sem contacto com a família, muitas vezes sem paradeiro definido.

Tudo isto ocorre «perante a complacência, quando não com a cumplicidade e a participação activa, da comunidade internacional», afirma o MPPM, sublinhando que, quando «se mobilizam recursos para acorrer e minorar o sofrimento das populações atingidas pela guerra na Ucrânia, é particularmente chocante observar o silêncio que é imposto sobre o drama secular do povo palestiniano, que suporta como nenhum outro a condição de refugiado, muitas vezes dentro da sua própria terra».

Também os palestinianos têm direito a um «futuro de paz e liberdade»

Neste sentido, o MPPM chama a atenção para a urgência da solidariedade com o povo palestiniano e relembra as responsabilidades de Portugal de promover uma política que defenda «os direitos inalienáveis do povo palestiniano, decorrentes do imperativo constitucional de reconhecer o direito dos povos à autodeterminação e à independência».

Na base destes chamamentos está a consideração de que «também os palestinianos têm direito a um futuro de paz e liberdade, nas fronteiras de um Estado viável, independente e soberano, com capital em Jerusalém», da mesma forma que têm direito ao «retorno às casas e lugares de onde foram expulsos, eles e os seus antepassados».

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui