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Paula Polanco: «A Europa devia ouvir a América Latina»

A presidente do movimento Intal Globalize Solidarity, Paula Polanco, afirmou que a União Europeia (UE) devia ouvir os apelos à paz e ao respeito pela soberania que vêm da América Latina e das Caraíbas.

Paula Andrea Polanco 
Paula Andrea Polanco Créditos / @CumbrePueblos23

Numa entrevista concedida à Prensa Latina, a activista social defendeu que as relações descolonizadas, o diálogo e a atenção às propostas deviam marcar a Cimeira entre a UE e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), agendada para 17 e 18 de Julho em Bruxelas.

De acordo com Polanco, a Cimeira dos Povos, que terá lugar paralelamente, tem como objectivo reclamar que a UE abandone a sua visão colonizadora e intervencionista nos países que do outro lado do Atlântico não aceitam a hegemonia que os centros de poder tentam impor.

«Estamos a organizar em conjunto esta Cimeira dos Povos, na qual não apenas exigiremos respeito pela soberania da América Latina e Caraíbas, mas também que seja prestada atenção aos seus apelos», disse a presidente da organização solidária com sede em Bruxelas.

A este respeito, insistiu que a UE não pode dizer à região como fazer os seus tratados ou a sua transição ecológica, e devia antes aprender com ela.

«Por exemplo, podia ouvir aqueles que, nessa parte do mundo, propõem saídas para a guerra na Ucrânia e instam a abandonar as imposições belicistas dos Estados Unidos, cujos interesses nada têm a ver com os dos povos europeus», afirmou Polanco.

«No entanto – alertou –, sabemos que na cimeira com a Celac a UE irá tentar impor a sua visão contra a Rússia, marcada pelas sanções e o envio de armas para atiçar o conflito.»

Em seu entender, a Europa devia seguir a senda escolhida pela Celac, que em 2014, na reunião de chefes de Estado e de Governo celebrada em Havana, declarou a América Latina e as Caraíbas como zona de paz.

Defesa de três princípios

«Na Cimeira dos Povos em Bruxelas, vamos defender três princípios: respeito pela soberania e autodeterminação, respeito pela decisão da Celac sobre a paz e apoio ao surgimento de um mundo multipolar», destacou a presidente da Intal Globalize Solidarity.

Como parte desta perspectiva de paz, Polanco adiantou que no encontro de movimentos sociais, sindicais e partidos políticos progressistas também se irá exigir que a Europa renuncie às armas nucleares.

Tendo em conta os posicionamentos de hegemonia e ingerência assumidos pela UE, a dirigente social explicou ainda que a Cimeira dos Povos vai rejeitar as medidas coercivas unilaterais impostas aos países latino-americanos.

«Trata-se de uma questão de grande importância, por isso vamos promover a realização, no último trimestre de 2023, de um tribunal para denunciar os danos causados pelos bloqueios e pelas sanções aos povos dos países afectados por estas políticas, que atacam a soberania europeia, devido à sua subordinação aos Estados Unidos», frisou.

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