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ONU aceita «ajuda humanitária» de quem comete crimes de guerra

A Arábia Saudita lançou, em Março de 2015, uma grande campanha militar de agressão contra o Iémen. Ofereceu agora 50 milhões de euros para reparar «a pior crise humanitária do mundo», que ela própria causou.

Equipa médica operando no Iémen. Foto de arquivo.
Equipa médica operando no Iémen. Foto de arquivo. Créditos / MSF

O Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou ontem ter recebido 50 milhões de euros da KSrelief - King Salman Humanitarian Aid and Relief Centre - organização de caridade fundada e gerida pela mesma monarquia saudita que há seis anos vem comentendo crimes de guerra contra a população Iemenita.

A agressão saudita, que já matou mais de 130 mil pessoas e provocou milhões de deslocados, bombardeou intencionalmente alvos civis, como mercados e campos de refugiados, assim como hospitais geridos por organizações de solidariedade como os Médicos sem Fronteiras.

Alguns destes ataques recorreram ao uso de bombas de fragmentação, fabricadas pelos Estados Unidos, que foram alvo, em 2008, de uma convenção internacional contra o seu uso, ratificado por Portugal, mas linearmente rejeitado tanto pela Arábia Saudita como pelos EUA, que continuam a utilizá-las como parte do seu esforço de guerra

A mesma ONU que denunciou os vários crimes de guerra cometidas na agressão ao Iémen, vem agora saudar, através do PAM, os parcos apoios atríbuidos pelos sauditas, em resposta às «necessidades urgentes de alimentação no Iémen» — como reconhece o comunidade do PAM - e dos quais são os principais responsáveis..

Os EUA e o Reino Unido têm contribuído, debaixo de uma maré de críticas, para o assalto saudita, não só através da venda de armamento bélico mas também com o apoio logístico, político e de quadros técnicos na manutenção do bloqueio marítimo, terrestre e aéreo ao país. O fornecimento de relatórios de inteligência tem sido fundamental para o agravar do conflito.

Desde 2015 que cerca de 20 milhões de pessoas no Iémen necessitam de apoio humanitário, mais de 16 milhões sofrem de insegurança alimentar e cinco milhões está em risco de morrer à fome.

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