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Novo fim-de-semana de solidariedade mundial com Cuba

O presidente cubano, Díaz-Canel, agradeceu aos amigos da Ilha que se mobilizaram para exigir o fim do bloqueio imposto por Washington. Nos EUA, realizaram-se acções solidárias em várias cidades.

Créditos / @BrunoRguezP

Em Miami (Florida), cubanos e norte-americanos convocados pelo movimento Puentes de Amor realizaram uma caravana de automóveis para reclamar o fim do cerco que os Estados Unidos impõem a Cuba há mais de seis décadas.

O cubano-americano Carlos Lazo, dirigente da iniciativa, afirmou que ninguém consegue travar o movimento anti-bloqueio: «O mundo inteiro exige-o porque é correcto, humano», disse.

Max Lesnik, cubano radicado no Sul da Florida e fundador da organização Alianza Martiana, referiu-se às caravanas da Puentes de Amor como um êxito.

«Os inimigos destas caravanas são inimigos das famílias cubanas que sofrem o bloqueio, e estar aqui hoje é o meu dever como cubano», disse Lesnik à Prensa Latina no decorrer de uma iniciativa em que jovens norte-americanos também marcaram presença, exigindo o fim das sanções, que representam uma forma de guerra económica.

A caravana solidária de Miami ficou ainda marcada pela presença de indivíduos que apelaram à violência contra as pessoas solidárias com Cuba. Segundo refere a Prensa Latina, a Polícia teve de intervir para impedir que os activistas fossem atacados.

@BrunoRguezP

A este propósito, Carlos Lazo disse que «eles chamam-nos terroristas por levar para Cuba medicamentos e leite para crianças e pessoas idosas, chamam-nos terroristas por estarmos a favor da reunificação familiar e das viagens a Cuba».

Jornada mundial contra o bloqueio também em Nova Iorque e Los Angeles

Para expressar o repúdio crescente pelo bloqueio dentro e fora do território norte-americano, circularam na rede social Twitter mensagens com as etiquetas #EliminaElBloqueo #UnblockCuba e #PuentesDeAmor.

Pelo mundo fora, houve acções solidárias em pelo menos 21 cidades de países como Argentina, Bahamas, Canadá, Espanha, Itália, Reino Unido e Rússia. Nas maiores urbes norte-americanas – Nova Iorque e Los Angeles – também se realizaram iniciativas contra o bloqueio.

Na cidade da Costa Leste, as pessoas solidárias com a Ilha juntaram-se em Central Park, junto à estátua de José Martí, exibindo cartazes contra o bloqueio e exigindo ao presidente norte-americano que cumpra a promessa de alterar a política hostil do país em relação a Cuba. Seguiu-se uma caravana automóvel pelas ruas de Nova Iorque.

No outro lado do país, em Los Angeles (Califórnia), realizou-se uma concentração em que se ouviram palavras de ordem a favor do levantamento do cerco económico ao país caribenho e contra a sua inclusão na lista de estados patrocinadores do terrorismo.

@BrunoRguezP

Tanto o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, como o ministro dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, agradeceram aos amigos da Ilha que se mobilizaram em mais uma jornada mundial de solidariedade.

O cerco económico unilateral, vigente há mais de 60 anos, tem sido renovado por sucessivas administrações da Casa Branca, tanto democratas como republicanas.

Em meados de Maio, a actual administração anunciou algumas medidas – respeitantes a vistos, migração, viagens e remessas – que foram bem recebidas pelas autoridades cubanas. No entanto, estas deixaram claro que o cerne do bloqueio se mantém.

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