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|Festival Eurovisão da Canção

No caso de Israel, a Eurovisão já defende um «diálogo construtivo»

«Tendo em conta a crise sem precedentes na Ucrânia, a inclusão de um candidato russo levaria ao descrédito» do festival da Eurovisão. O mesmo critério não se parece aplicar aos mais de 30 mil civis mortos em Gaza: Israel vai a concurso.

Créditos / Eurovisionfun

A EBU (União Europeia de Radiodifusão) «reconhece que o Festival Eurovisão da Canção deste ano suscitou fortes emoções e um intenso debate em torno da inclusão de um candidato israelita». Os dois pesos e duas medidas da entidade que gere o concurso europeu de canções, fundado em 1958, está a criar uma enorme comoção, com vários apelos ao boicote ao festival enquanto Israel, responsável pelo genocídio na Faixa de Gaza, participar.

Em 2022, a 25 de Fevereiro, no dia seguinte ao início da intervenção russa na Ucrânia, a EBU, pressionada por várias das organizações que a compõe, apressou-se a proibir a participação da Rússia e da Bielorrúsia na Eurovisão, alegando que, com «a crise sem precedentes na Ucrânia», seria um total descrédito para o festival se estes participassem.

Em 2024, a canção já é outra. No caso de Israel, que o festival defende publicamente no seu site, o director-geral da Eurovisão, Noel Curran, afirma agora que este «é um evento musical de carácter apolítico e uma competição entre organismos de radiodifusão de serviço público que são membros da EBU. Não é um concurso entre governos».

Seis meses depois do início do massacre em Gaza, quando mais de 30 mil civis já foram mortos (números que incluem apenas as mortes confirmadas)  pelas forças de ocupação israelita, e mais de 70% destes são mulheres e crianças; quando mais de 80% da população foi forçada a abandonar as suas casas (dados da ONU); quando 84% das infraestruturas de cuidados de saúde e 62% das habitações estão destruídas e danificadas (dados da UNICEF); o Festival Eurovisão da Canção reitera a sua posição que ignorou completamente há dois anos: é altura de «defender um diálogo construtivo e apoiar os artistas».

Em resposta ao mais recente comunicado do Festival Eurovisão da Canção, a Campanha Palestiniana para o Boicote Académico e Cultural a Israel (membro fundador do movimento BDS: Boycott, Divestment, Sanctions), lamenta que, uma vez mais, a EBU «ostente a sua hipocrisia colonial e a sua cumplicidade descarada com o genocídio perpetrado por Israel».

«Reiteramos o nosso apelo a todos os concorrentes da Eurovisão para que estejam do lado certo da história e se retirem imediatamente do concurso deste ano».

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