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Natal reivindicativo das trabalhadoras das lojas da Inditex na Corunha

A anteceder a greve marcada para dia 23, as trabalhadoras das lojas da Inditex vão realizar uma acção reivindicativa no próximo sábado, numa zona central da cidade da Corunha.

Piquete de greve na Corunha, no passado dia 24 de Novembro 
Piquete de greve na Corunha, no passado dia 24 de Novembro Créditos / CIG

Na iniciativa de dia 17, que se vai prolongar do meio-dia às 20h, participam delegadas da Corunha, Compostela e Ferrol, bem como trabalhadoras que não estejam de serviço.

Com a sua presença numa zona bastante comercial e concorrida da cidade (Praça de Lugo), as trabalhadoras «procuram dar visibilidade à sua dupla realidade: ao mesmo tempo que geram lucros para a Inditex com o seu trabalho mal pago, têm de estar na rua para reclamar salários que lhes permitam chegar ao fim do mês», informa a Confederação Intersindical Galega (CIG) no seu portal.

Cartaz da acção reivindicativa agendada para dia 17 de Dezembro / CIG

Também se prevê que, no decorrer da acção, as funcionárias do Grupo Inditex coloquem no local uma árvore decorada com cartazes alusivos aos seus votos para este Natal, que são o reconhecimento dos seus direitos e aumentos salariais.

Debaixo da árvore haverá sacos vazios de cada uma das cadeias da Inditex, para mostrar «todos os direitos que não têm», informa a fonte.

Ainda no âmbito da acção reivindicativa de dia 17, as trabalhadoras das lojas vão montar uma exposição fotográfica, na qual apresentam imagens do seu trabalho quotidiano e da luta que têm estado a levar a cabo por um salário digno.

Greve no dia 23, porque há lucros recorde mas não sobem os salários

A iniciativa deste sábado é uma espécie de aquecimento para a jornada de luta convocada para a sexta-feira seguinte, dia 23, tendo em conta a falta de passos por parte da multinacional que permitissem chegar a um acordo.

Esta recusa em aumentar os salários e em reconhecer a estas trabalhadoras direitos que outros trabalhadores já vêem reconhecidos noutras empresas do grupo, denuncia a CIG, contrasta com lucros recorde que a Inditex agora deu a conhecer, «acumulando mais de três mil milhões de euros até Setembro e um aumento de 24% nos lucros relativamente a 2021».

Além disso, a própria Inditex anunciou que as vendas nas lojas aumentaram bastante este ano, mas sem que tal aumento na carga laboral implicasse para as trabalhadoras «qualquer tipo de compensação».

«Somos a cara visível da empresa mas os lucros dividem-se de forma mais generosa noutras áreas. Para nós nunca há nada, só precariedade», denuncia Lucía Domínguez, presidente do comité da Stradivarius da Corunha.

Neste sentido, as trabalhadoras das lojas da província galega não põem de parte a possibilidade de convocar uma paralisação geral por tempo indeterminado no próximo mês de Janeiro (coincidindo com o período de saldos), caso a Inditex não apresente uma proposta que responda às exigências das funcionárias.

Recorde-se que, nos passados dias 24 e 25 de Novembro, as trabalhadoras das lojas da Inditex na província da Corunha estiveram em greve, dando seguimento a uma manifestação, realizada a 8 desse mês, para denunciar «salários de miséria» e que «não chegam ao fim do mês».

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