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|Nicarágua

Na antevéspera de comemorações, nicaraguenses cantam à Revolução

Com canções de intervenção da América Latina, o Teatro Nacional Rubén Darío voltou a ser palco de nova edição do concerto «Cantos a la Revolución», em homenagem ao triunfo sandinista de 1979.

CréditosCésar Pérez / el19digital.com

O teatro em Manágua que voltou a ser popular graças à vitória revolucionária – «pois antes era um sonho pensar num concerto deste tipo» – encheu-se de público para assistir à XIII edição do evento, na sexta-feira à noite.

Camerata Bach, Jazz Tá, Compañía de Ballet de Nicaragua, Coro de Cámara, Diego Aguirre e Lenín Triana foram alguns dos intérpretes das canções revolucionárias.

Ramón Rodríguez, director da instituição cultural, destacou as de Mercedes Sosa, Víctor Jara, Violeta Parra, da Nova Trova cubana, «muitas das quais ouvíamos clandestinamente através da Radio Habana Cuba». «Aí tivemos as primeiras noções da música comprometida com os povos», destacou.

«Dentro do programa e espectáculo, temos um espaço para a canção latino-americana porque na Nicarágua a canção acompanhou a Revolução desde o seu início», disse Rodríguez, citado pelo portal el19digital.com.

César Pérez / el19digital.com

O espectáculo, celebrado a quatro dias das comemorações do 44.º aniversário do triunfo da Revolução popular sandinista, também abordou o legado musical do país centro-americano e a sua história.

19 de Julho, triunfo da Revolução Sandinista

A 19 de Julho de 1979, a guerrilha da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) e o povo nicaraguense que a apoiou entraram na capital e consolidaram o triunfo revolucionário.

Os dias que se seguiram foram como «ter tocado o céu com as mãos», disse em tempos um dos fundadores da FSLN, Tomás Borge (1930-2012).

Dois dias antes, a 17 de Julho de 1979, o ditador Anastasio Somoza, apoiado pelos «gringos», fugiu do país e a sua Guarda Nacional rendeu-se.

Esse dia ficou marcado pelo «trilho de botas, uniformes e espingardas dos que abandonavam o traje [militar] para se disfarçarem de civis e fugirem», como lembrou o escritor e advogado nicaraguense Alejandro Bravo. Somoza fugiu para Miami.

Por isso, 17 de Julho é conhecido como Dia da Alegria e as ruas do país centro-americano enchem-se de festa.

Ortega com elevado índice de aprovação, segundo a M&R Consultores

Esta semana, a empresa M&R Consultores publicou os resultados de um inquérito à opinião pública, de acordo com o qual 78,9% dos inquiridos aprovam a governação de Daniel Ortega.

O estudo, correspondente ao segundo trimestre de 2023, revela ainda que 78,6% dos entrevistados consideram que o governo sandinista leva o país pelo rumo certo.

De forma esmagadora, os inquiridos defenderam que, de nenhuma forma, deve ser posta em risco a paz (95,2%) ou a estabilidade económica do país (92,5%).

Outro elemento em destaque é que 77,8% dos nicaraguenses defenderam que o governo deve reiniciar o processo legal no Tribunal de Haia com vista a exigir aos Estados Unidos o pagamento da indemnização por danos de guerra.

Nicarágua colhe os frutos da Revolução Sandinista

A este propósito, o académico e analista Xavier Díaz-Lacayo afirmou que o povo nicaraguense está a colher os frutos da Revolução popular sandinista.

«Aqui, os trabalhadores, os agricultores, as mulheres e as pessoas analfabetas eram seres humanos de segunda categoria, mas a Revolução restituiu-lhes [direitos] e deu-lhes oportunidades», disse, citado pela Prensa Latina.

Esse processo torna-se heróico, em seu entender, não apenas pelos 50 mil mortos que o fizeram triunfar, mas pelos outros 50 mil que o defenderam de uma agressão imperialista liderada pelos Estados Unidos.

«Depois da experiência da Revolução cubana, a sandinista foi a que reuniu o maior número de voluntários para a reconstrução moral e material de um país», afirmou Diaz-Lacayo, que lembrou as conquistas económicas e sociais alcançadas pelos governos de Ortega após o regresso ao poder, em 2007.

Deu como exemplos o sistema de educação gratuito e de qualidade, que procura dar formação a milhares de crianças, adolescentes e jovens, bem como o desenvolvimento da saúde, através do programa familiar e comunitário promovido pelo executivo sandinista.

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