O programa, dirigido por especialistas de Cuba em coordenação com as autoridades venezuelanas, foi interrompido entre os meses de Abril e Maio, devido ao aumento do número de contágios pelo coronavírus SARS-CoV-2 no país sul-americano, explicou a coordenadora nacional da Missão, Eilint Segura, em declarações à Prensa Latina.
Ainda assim, continuaram abertas as consultas de oftalmologia clínica, e os pacientes que precisavam de cirurgias ficaram registados numa base de dados, para serem localizados e atendidos posteriormente, precisou a especialista da brigada médica cubana na Venezuela.
Em 18 centros oftalmológicos e 21 centros de cirurgia activados no país, a Misión Milagro oferece de forma gratuita a oportunidade de recuperar a vista a pessoas que padecem de problemas como cataratas, glaucoma e pterígio, e outros relacionados com as pálpebras e a conjuntiva.
Além disso, nas instalações onde por alguma razão não se realizam intervenções cirúrgicas, existe consulta pré-operatória, sendo depois o paciente reencaminhado para o ponto mais próximo onde se apresente uma solução para o seu estado de saúde visual, destacou Segura à Prensa Latina.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, destacou esta terça-feira que mais de 6 milhões de pessoas recuperaram a visão graças à Missão Milagre, criada em 2004 por Hugo Chávez e Fidel Castro. Durante uma reunião, em Caracas, para avaliar a qualidade da prestação de serviços de saúde, Nicolás Maduro sublinhou que foi realizado «um investimento importante em divisas» no projecto criado há 15 anos pelo comandante Hugo Chávez e pelo líder da Revolução Cubana, tendo como objectivo «levar a mais alta tecnologia da área da oftalmologia aos pobres» e devolver a visão a pessoas em vários países do mundo, sobretudo na América Latina, nas Caraíbas e em África. Ressaltando a importância de dar visibilidade às acções que a Revolução Bolivariana levou a cabo nos seus 20 anos de existência e que foram «escondidas» pela campanha mediática da direita contra a Venezuela, o chefe de Estado afirmou que, neste momento, «estão em disputa dois modelos na América Latina: o racista de Donald Trump e o solidário da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América [ALBA], representado entre outros pela Misión Milagro», informam a AVN e a Prensa Latina. A propósito de modelos diferentes, referiu ainda que os hospitais e centros de saúde nos estados venezuelanos de Zulia, Táchira, Mérida, Apure e Amazonas estão cheios de colombianos, que são atendidos de acordo com o sistema da República Bolivariana da Venezuela, de forma gratuita e com qualidade. Do número total de pessoas beneficiadas pela Missão Milagre, mais de três milhões são da Venezuela; 691 mil são bolivianos; 171 mil, nicaraguenses; 153 mil, equatorianos; e 136 mil, guatemaltecos, precisou Maduro. Foram ainda consultadas e operadas pessoas do Uruguai (67 730), das Honduras (62 mil), do Brasil (mais de 61 mil), da Argentina (mais de 52 mil), do Panamá (mais de 50 mil), do Peru (40 mil), de El Salvador (37 998), do Paraguai (28 mil), da Guiana (15 mil), do México (11 953) e da Colômbia (9277). O presidente venezuelano disse que, no âmbito da Misión Milagro, foram também operadas 6295 pessoas do Suriname, 3077 do Belize, 3000 da Costa Rica, mais de 2600 do Chile, oito de Porto Rico, bem como de países como Dominica, Antígua e Barbuda, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Neves, República Dominicana, Cuba, Santa Lúcia, Trindade e Tobago, entre outros. A Misión Milagro nasceu a 8 de Julho de 2004, por iniciativa dos governos de Cuba e da Venezuela, tendo como propósito ajudar pessoas com baixos rendimentos a resolver diversas patologias oculares. Faz parte do plano de integração da América Latina e dos programas que visam alcançar a unidade entre os povos da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA). O grande investimento de Cuba na área da Saúde e o alto nível de desenvolvimento que patenteia neste sector permitiram que, em conjunto com a Venezuela, milhares de latino-americanos e caribenhos tenham sido operados. O programa também tem sido aplicado a países fora deste âmbito geográfico, nomeadamente em África e na Ásia. O embaixador de Cuba na Venezuela, Rogelio Polanco, destacou o trabalho realizado no contexto da Missão Milagre, tendo afirmado que «Venezuela e Cuba devem estar satisfeitas pelo que fizeram juntas», colocando os seus recursos «à disposição do ser humano», indica a AVN. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Missão Milagre beneficiou mais de seis milhões de pessoas
Mais de seis milhões de beneficiados
Defender os mais pobres, aprofundar a unidade da América Latina
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«Os nossos especialistas encontram-se muito comprometidos com este trabalho em qualquer lugar do país e prestamos este serviço com o coração porque constitui um projecto de grande impacto social», afirmou.
A paciente venezuelana Gladys Rodríguez expressou o seu agradecimento depois de ser operada às cataratas nos dois olhos no Centro Oftalmológico do Hospital Universitário Victorino Santaella, em Los Teques, capital do estado de Miranda.
«Não via nada há mais de um ano; sinto uma imensa gratidão aos médicos cubanos, que me atenderam, operaram e seguiram de forma excelente neste centro de referência nacional, para poder recuperar a minha visão», disse Rodríguez à Prensa Latina.
De acordo com números oficiais, mais de três milhões de venezuelanos foram operados graças à Missão Milagre, sendo que 1 103 000 foram tratados em centros de atendimento da brigada médica cubana, referiu Segura.
O projecto surgiu no âmbito do acordo integral de cooperação entre Cuba e a Venezuela, tendo posteriormente alargado o seu alcance a cerca de 30 países da América Latina e das Caraíbas.
A Misión Milagro nasceu a 8 de Julho de 2004, por iniciativa dos governos de Cuba e da Venezuela, tendo como propósito ajudar pessoas com baixos rendimentos a resolver diversas patologias oculares. Faz parte do plano de integração da América Latina e dos programas que visam alcançar a unidade entre os povos da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA).
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