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Milhares uniram-se em Compostela para «salvar» os cuidados de saúde primários

Gente de toda a Galiza respondeu à convocatória da SOS Sanidade Pública e juntou-se este domingo na capital para denunciar a deterioração dos cuidados de saúde primários, exigindo mais pessoal e meios.

A Praça da Quintana encheu-se de gente, que respondeu afirmativamente ao apelo feito pela SOS Sanidade Pública 
A Praça da Quintana encheu-se de gente, que respondeu afirmativamente ao apelo feito pela SOS Sanidade Pública CréditosRiobó Prada / Nós Diario

A mobilização partiu da Alameda, pelo meio-dia, e percorreu as ruas da capital galega até à Praça da Quintana. Os manifestantes denunciaram a deterioração dos cuidados de saúde, que, vinda de trás, se agravou com a pandemia, deixando em evidência a falta de funcionários e meios nos serviços.

Por esta situação, a plataforma SOS Sanidade Pública responsabiliza as políticas levadas a cabo na última década pelo PP e o Departamento da Saúde, que procedeu a cortes orçamentais, desmantelou as estruturas directivas e não adoptou medidas, «depois de 12 anos seguidos de reformas de profissionais e de contratação de precários, que provocaram a fuga de funcionários para outros serviços de saúde», refere a Confederação Intersindical Galega (CIG) no seu portal.

Pelo caminho, os manifestantes gritaram palavras de ordem como «Governe quem governar, a saúde não se vende», «Saúde pública e de qualidade», «O público é serviço, o privado benefício» ou «Feixoo, atende, a saúde não se vende».

Cerca de uma hora e meia mais tarde, os manifestantes encheram a Praça da Quintana, onde a plataforma leu o manifesto «Salvemos a Atención Primaria. Na Defensa da Sanidade Pública».

Antes do início da mobilização, o porta-voz da SOS Sanidade, Manuel Martínez, insistiu nos motivos que fundamentavam o protesto. «Os cuidados primários depois da pandemia estão numa situação lamentável», afirmou, dando como exemplo o facto de as listas de espera «ultrapassarem os 10 dias nos centros de saúde», informa o Nós Diario.

Martínez criticou o facto de no Serviço Galego de Saúde (Sergas) «as consultas continuarem a ser fundamentalmente telefónicas» e, como consequência, «perde-se grande parte da relação que existe entre profissional médico e paciente».

O representante da SOS Sanidade Pública rejeitou ainda que os pacientes tenham de esperar fora dos centros de saúde, porque «não parece muito digno» nesta situação «em que os clientes podem entrar em bares e restaurantes com medidas sanitárias adequadas».

Milhares de pessoas manifestaram-se em Compostela, este domingo, contra a deterioração dos cuidados de saúde primários / CIG

«Salvar a Atención Primaria»

No manifesto, refere-se que os serviços de saúde primária já «atravessavam uma profunda crise estrutural» antes da pandemia e aponta-se o «défice de profissionais pela falta de adequação dos quadros às necessidades das populações», fruto dos «cortes orçamentais aplicados pelos sucessivos governos do PP».

O documento alerta ainda para o facto de, durante a pandemia, o atendimento telefónico ter prevalecido sobre o presencial, impedindo o acesso dos pacientes aos centros de saúde e obrigando a suspender a realização de exames de saúde periódicos, sobretudo em pacientes com patologias crónicas.

A plataforma alertou para as listas de espera actuais para uma consulta telefónica (10-12 dias) e exigiu a reabertura dos centros de saúde o quanto antes, com consultas 100% presenciais, de modo a evitar uma maior deterioração do sistema e o agravamento dos dados de saúde.

Também reclamou ao Sergas e ao governo galego o aumento urgente do orçamento destinado aos cuidados de saúde primários e o reforço do pessoal nestes serviços.

Estiveram presentes na mobilização inúmeros autarcas galegos e, entre outros representantes políticos, Ana Pontón, porta-voz nacional do BNG, que exigiu ao presidente da Xunta a reversão dos cortes efectuados na saúde pública e uma estratégia dirigida ao «coração do sistema, que são os cuidados de saúde primários».

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