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Manifestação no Rio reuniu milhares em apoio aos grevistas da Petrobras

Durante a mobilização, os trabalhadores do sector petrolífero, em greve há 18 dias, celebraram a suspensão provisória do despedimento de mil operários no Paraná.

Cerca de 15 mil pessoas manifestaram-se esta terça-feira no Rio de Janeiro em apoio à greve dos trabalhadores do sector petrolífero e contra as privatizações de Bolsonaro
Cerca de 15 mil pessoas manifestaram-se esta terça-feira no Rio de Janeiro em apoio à greve dos trabalhadores do sector petrolífero e contra as privatizações de Bolsonaro Créditos / FUP

A marcha desta terça-feira, que decorreu no centro do Rio de Janeiro, juntou trabalhadores do sector petrolífero e de outros sectores, bem como representantes de centrais sindicais e de movimentos populares, em apoio à greve dos «petroleiros» e contra as tentativas de privatização da Petrobras pelo governo de Jair Bolsonaro, informa o portal Brasil de Fato.

De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que foi uma das entidades organizadoras do protesto, a iniciativa reuniu cerca de 15 mil pessoas. Entre as principais reivindicações da greve, contam-se a denúncia do não cumprimento do Acordo Colectivo de Trabalho e a exigência a revogação do despedimento de mais de mil trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná.

Durante a mobilização de ontem, os manifestantes foram informados da decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), que suspendeu o despedimento de forma provisória até dia 6 de Março, e festejaram a decisão.

No entanto, os trabalhadores do sector petrolífero sublinharam que se iam manter firmes em greve, mesmo depois de o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra, ter decretado uma multa diária de 500 mil reais à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e ter dado ao governo federal e à Petrobras o direito de despedir os grevistas.

A greve, que entrou já na terceira semana, mobiliza 21 mil trabalhadores de 121 unidades do Sistema Petrobras em todo o Brasil, o equivale a 64% do total de funcionários da empresa, segundo dados divulgados pela FUP.

Tribunal «reaccionário», «conservador»

Wadih Damous, advogado e ex-deputado federal do Partido dos Trabalhadores (PT), acusou Ives Gandra de pertencer à «extrema-direita», e sublinhou que «a classe trabalhadora historicamente nunca se deteve diante da decisão de tribunais reaccionários».

Também presente na mobilização do Rio, Guilherme Boulos, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), disse ao Brasil de Fato que a decisão de Gandra de declarar a greve «ilegal» torna ainda mais clara a sua campanha para ser apontado por Bolsonaro a uma vaga no Supremo Tribunal Federal.

«É uma decisão ilegal, não é a greve que é ilegal. Não é possível que o direito constitucional à greve seja afectado por uma decisão de um ministro que todo o Brasil sabe ser ligado a Bolsonaro, a Olavo de Carvalho e que está em campanha para ser ministro do Supremo. A greve dos petroleiros segue firme e terá força para resistir a mais esse golpe», disse Boulos.

Entretanto, a FUP anunciou que, ontem, representantes sindicais se reuniram com Gandra, num encontro intermediado «por uma expressiva bancada de deputados e senadores do campo progressista, que também estiveram presentes».

Após o encontro, o presidente do TST convocou uma reunião de mediação com a FUP para a próxima sexta-feira, dia 21, «para discussão das matérias que envolvem a presente greve, condicionando a sua realização à imediata cessação do movimento paredista».

Para analisar e debater o teor do documento, o Conselho Deliberativo da FUP reúne-se hoje no Rio de Janeiro, anuncia a Federação numa nota.

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