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Mais de 1,5 milhão nas ruas do Brasil contra os cortes na Educação pública

No «aquecimento» para a greve geral de 14 de Junho, mais de 1,5 milhão de brasileiros manifestaram-se, esta quarta-feira, em defesa da Educação pública e contra os retrocessos do governo de Bolsonaro.

Cerca de 250 mil pessoas mobilizaram-se em São Paulo contra os cortes de verbas na Educação
Cerca de 250 mil pessoas mobilizaram-se em São Paulo contra os cortes de verbas na Educação Créditos / Mídia Ninja

O Dia Nacional de Greve na Educação ficou marcado por inúmeros protestos contra os cortes de 30% no orçamento das universidades federais anunciados pelo Ministério brasileiro da Educação. Pelas 14h, já tinham sido registadas mobilizações em todos os estados e, de acordo com o levantamento feito no Brasil de Fato na imprensa e nas redes sociais, houve manifestações em mais de 200 municípios.

A jornada de luta dá sequência a vários protestos e mobilizações, nas últimas semanas, de estudantes, professores e funcionários de universidades de todo o Brasil, depois do anúncio de cortes de verbas. A estes juntaram-se trabalhadores de outros sectores de actividade, nos protestos e na organização da jornada de luta que ontem levou mais de 1,5 milhão de pessoas às ruas do Brasil.

Tratou-se da maior manifestação popular desde que Jair Bolsonaro foi eleito para a presidência do país sul-americano, e as entidades promotoras classificaram-na como «histórica». Por seu lado, o presidente brasileiro criticou os manifestantes a partir do Texas (EUA), apelidando-os de «idiotas úteis» e «imbecis», «usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades federais no Brasil».

Segundo os dados avançados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), mais de 1,5 milhão de pessoas participaram nas manifestações desta quarta-feira, que teve também como alvo de denúncia a proposta de reforma de Previdência do governo federal.

Grandes manifestações no Sudeste, mas não só

No estado de Minas Gerais, pelo menos 20 cidades foram palco de mobilizações, a maior das quais ocorreu na capital, Belo Horizonte, onde 250 mil pessoas foram às ruas.

A mobilização no Rio de Janeiro foi a maior da jornada de greve em defesa da Educação Créditos

No Rio de Janeiro, houve manifestações em todas as regiões do estado, organizadas pelas centrais sindicais, movimentos populares, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, organizações do movimento estudantil, partidos de esquerda e movimentos do campo progressista, indica o Brasil de Fato. Na cidade do Rio de Janeiro, o protesto terá reunido cerca de 450 mil pessoas na Candelária, segundo a CNTE.

No estado de São Paulo, realizaram-se manifestações em vários cidades do interior. A maior foi a que teve lugar na capital, que terá juntado mais de 250 mil manifestantes. Ainda antes do início, marcado para as 16h30, já estavam reunidas mais 200 mil pessoas frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Outras grandes mobilizações, com a presença de estudantes, professores, outros trabalhadores da Educação e de outros sectores de actividade tiveram lugar em cidades como Belém (Pará), onde se juntararam cerca de 60 mil pessoas, segundo a CNTE. Igual número de manifestantes participou, ao longo do dia, em protestos no estado da Paraíba, sendo o maior o que ocorreu na capital, João Pessoa (onde 30 mil pessoas se concentraram no centro da cidade).

Camila Ramalho Ramos, que é estudante de Psicologia na Universidade Federal da Paraíba, exigiu a revogação dos cortes, tendo afirmado que a «Educação não é gasto, é investimento». «Queremos estudar e produzir ciência para esse país», frisou à imprensa.

Estudante na manifestação de São Paulo Créditos

Também no Nordeste do país, Fortaleza, capital do Ceará, acolheu uma grande manifestação contra os cortes, em que participaram mais de 100 mil pessoas. Na capital da Bahia, Salvador, pelo menos 80 mil pessoas, segundo os organizadores, participaram da manifestação em defesa da Educação. No Recife (Pernambuco), a mobilização terá reunido cerca de 70 mil pessoas.

Em Brasília, no Distrito Federal, os organizadores informaram que 50 mil pessoas participaram no protesto. No Sul do país, registaram-se mobilizações em vários pontos dos estados de Santa Catarina, do Paraná e do Rio Grande do Sul, sendo as maiores nas respectivas capitais: Florianópolis (onde se manifestaram cerca de 30 mil pessoas), Curitiba (20 mil) e Porto Alegre (20 mil).

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