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|País Basco

Má qualidade do emprego e perda de poder de compra preocupam centrais bascas

Os dados oficiais mostram que o desemprego no País Basco baixou em Junho 1,7% em relação a Maio. ELA e LAB destacam que a precariedade aumenta e que isso se traduz no empobrecimento dos trabalhadores.

Numa mobilização, uma viatura mostra uma faixa em que se lê «Emprego de qualidade já!» 
Numa mobilização, uma viatura mostra uma faixa em que se lê «Emprego de qualidade já!» Créditos / LAB

Os dados agora divulgados pelo Serviço de Emprego Público Estatal (SEPE) revelam que no País Basco Sul (incluindo Navarra) existem 142 991 desempregados, ou seja, menos 2423 do que em Maio.

No entanto, a taxa de desemprego (11,5%) continua a ser elevada, sendo ainda mais acentuada entre as mulheres (13,9%) e entre os jovens até aos 25 anos (17,9%), afirma o sindicato ELA no seu portal.

Também o LAB, a outra grande central sindical basca, destaca este facto, ou seja, que mulheres e jovens são condenados a condições de trabalho mais precárias e mais desemprego.

Apesar da diminuição do desemprego registada em Junho face ao mês anterior (dados oficiais), ambas as centrais sindicais sublinham que, em 2022, se verificou um aumento dos contratos a tempo parcial – o ELA afirma que oito em cada dez contratos realizados este ano foram temporários.

«Apesar da descida do desemprego, a qualidade do emprego está a piorar progressivamente e sem pausa, como o demonstra o aumento dos contratos a tempo parcial», afirma o LAB.

Camadas mais vulneráveis são mais afectadas

«A isto – refere ainda o LAB – junta-se a perda de poder de compra que os trabalhadores estão a viver, já que, enquanto os produtos de primeira necessidade se tornam mais caros, os salários ou as pensões estão a ser actualizados abaixo do índice de preços ao consumidor».

Lembrando que, segundo os dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística espanhol, a inflação em Junho se situa nos 10,2% e deverá continuar elevada a médio prazo, no Estado espanhol, o LAB afirma que as pessoas em situações mais vulneráveis são ainda mais afectadas, nomeadamente as mulheres migrantes com condições precárias; os jovens, a quem são oferecidos «empregos-lixo» e que vêem reduzidas as possibilidades de construir um futuro digno; os pensionistas, condenados a sobreviver sem pensões ajustadas às necessidades reais.

Por seu lado, o ELA recorda que 55,6% dos que estão inscritos nas listas do desemprego não têm qualquer tipo de subsídio de desemprego.

«A precarização do emprego também se traduz no empobrecimento dos trabalhadores e do território, uma vez que a riqueza não é distribuída de forma equilibrada e faz aumentar as diferenças entre os seus cidadãos», alerta ainda o sindicato LAB, sublinhando que continuará a lutar por melhores condições de trabalho e de vida para os trabalhadores bascos e por um outro modelo.

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