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Israelitas intensificam o roubo de terras nos territórios ocupados

Os palestinianos denunciam que, com as eleições em Israel, as forças de ocupação aceleraram o ritmo no confisco de terras na Margem Ocidental. Na província de Nablus, têm-se sucedido os protestos.

Palestinianos protestam contra a acção dos bulldozers em Qusra, na província de Nablus
Palestinianos protestam contra a acção dos bulldozers em Qusra, na província de Nablus Créditos / Al Jazeera

Os bulldozers israelitas têm andado a trabalhar num campo próximo do colonato ilegal de Migdalim, a pouca distância da aldeia palestiniana de Qusra, na província de Nablus. Os habitantes acreditam que a ocupação se prepara para «roubar mais terra» e «têm desafiado as forças israelitas que guardam as máquinas», revela a PressTV.

«Eu vim aqui porque esta é a minha terra e eu quero morrer na minha terra, mas eles não me deixam aproximar dela», disse Joudat Odeh, um habitante de Qusra, de 70 anos, que protestou frente aos soldados israelitas por causa da acção dos bulldozers, que arrasam a terra, preparando-a para futuros colonatos e mais casas israelitas nos territórios ocupados.

«Eles estão contentes pela vitória de Netanyahu», disse ainda Odeh, citado pela PressTV, acrescentando: «Vêm controlar esta terra e nós somos impotentes.»

Na mesma província, os residentes na aldeia de Beita têm levado a cabo protestos nos últimos dias, subindo até ao cimo da colina de al-Arma, onde montam uma tenda e erguem uma bandeira da Palestina, para defender o território dos colonos israelitas que vivem no colonato ilegal de Itamar, entrando por vezes em confronto com os militares israelitas.

Tensão crescente na Cisjordânia ocupada

Na terceiras eleições legislativas em menos de um ano, o partido Likud, de Benjamin Netanyahu, clamou vitória, embora o bloco de direita e extrema-direita não tenha conseguido a maioria absoluta (à justa).

As agressões israelitas e os protestos na Margem Ocidental, que têm vindo a subir de tom nos últimos dias, dão sequência a uma campanha eleitoral em que o ainda primeiro-ministro israelita prometeu anexar os colonatos na Cisjordânia e o Vale do Jordão, caso vencesse as eleições e formasse governo.

No mês passado, Netanyahu anunciou também a aprovação da construção de 5200 casas nos colonatos ilegais de Har Homa e Givat Hamatos, a sul de Jerusalém. A agressividade expansionista de Israel intensificou-se nos últimos anos sob o impulso de Netanyahu e com o apoio do seu grande aliado, o presidente norte-americano, Donald Trump, que reconheceu Jerusalém como capital de Israel, para ali mudou a embaixada dos EUA, deixou de classificar como «ilegais» os colonatos israelitas e traçou o chamado «Acordo do Século» – em estreita cooperação com Israel.

«A vitória de Netanyahu é uma vitória para a anexação»

Ao falar, esta quarta-feira, na 153.ª sessão do Conselho da Liga Árabe, no Cairo, o ministro palestiniano dos Negócios Estrangeiros, Riyad al-Maliki, sublinhou que os EUA e Israel têm de «enterrar este plano» e regressar ao direito internacional.

A vitória de Netanyahu nas eleições é «uma vitória para as políticas de anexação, confisco de terras e colonatos», disse, acrescentando que isso significa «mais violência, repressão, racismo e fascismo».

Maliki referiu ainda que a vitória de Netanyahu irá limitar a possibilidade de um Estado palestiniano independente, geograficamente viável e soberano com as fronteiras de 1967 e tendo Jerusalém Oriental como capital.

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