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Forças israelitas matam adolescente palestiniano na Cisjordânia ocupada

As tropas dispararam sobre os palestinianos que, esta quarta-feira, se juntaram na colina de al-Arma, perto de Nablus, para evitar que colonos israelitas se apoderassem do espaço.

As forças israelitas reprimem um protesto dos palestinianos contra o confisco de terras nas imediações de Beita (imagem de arquivo)
As forças israelitas reprimem um protesto dos palestinianos contra o confisco de terras nas imediações de Beita (imagem de arquivo) Créditos / imemc.com

Um grupo de palestinianos entrou em confronto com os militares israelitas que, esta quarta-feira, protegiam os «colonos extremistas» que tentaram tomar posse do monte, nas imediações da aldeia palestiniana de Beita.

Os habitantes de Beita sobem ao monte diariamente desde 28 de Fevereiro, quando colonos israelitas do colonato próximo de Itamar tentaram pela primeira vez apoderar-se da elevação estratégica e fazer dela «território israelita», revela a PressTV.

Ontem, os soldados israelitas dispararam fogo real, balas de aço revestidas de borracha e bombas de gás lacrimogéneo sobre os palestinianos, matando um adolescente de 15 anos e ferindo pelo menos 17 pessoas.

Em comunicado, o Ministério palestiniano da Saúde revelou que Mohammad Abdul-Karim Hamayel, de 15 anos, tinha sido atingido a tiro na cabeça e levado para um hospital em Nablus, 13 quilómetros a noroeste de Beita.

O documento acrescentava que Hamayel faleceu nas instalações hospitalares, onde outros 17 palestinianos tiveram de receber tratamento depois de serem atingidos a tiro.

Cerca de 600 mil israelitas vivem em mais de 230 colonatos construídos desde 1967 nos territórios palestinianos ocupados da Cisjordânia e Jerusalém Oriental – todos eles considerados ilegais à luz do direito internacional.

As agressões israelitas e os protestos na Margem Ocidental, que têm vindo a subir de tom nos últimos meses, enquadram-se na agressividade expansionista de Israel, que se viu reforçada nos anos mais recentes, sob o impulso de Netanyahu e com o apoio do seu grande aliado, o presidente norte-americano, Donald Trump.

Recorde-se que este reconheceu Jerusalém como capital de Israel e para ali mudou a embaixada dos EUA; deixou de classificar como «ilegais» os colonatos israelitas; e traçou o chamado «Acordo do Século» – em estreita cooperação com Israel.

«Aceleração da usurpação»

Também na quarta-feira, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) denunciou a intensificação, por parte de Israel, da «usurpação de terras na Cisjordânia», apesar da resistência dos seus habitantes, que as tentam proteger em condições de «grande impotência».

«Enquanto a comunidade internacional luta contra a propagação do novo coronavírus, Israel acelera a anexação de facto desses territórios», alertou Hanan Ashrawi, membro do Comité Executivo da OLP, que também repudiou, em declarações à imprensa, as agressões das forças israelitas contra os civis que fazem frente aos «promotores dos colonatos ilegais».

Ashrawi condenou ainda a decisão de Benjamin Netanyahu de reactivar o projecto de construção de habitações no chamado «Corredor E1», criado por Israel no âmbito dos seus planos expansionistas e que visa ligar de forma contínua, com área construída, o grande colonato de Maale Adumim a uma Jerusalém Oriental anexada. Devido à grande contestação internacional, Telavive suspendera a construção nesta zona, que, a concretizar-se, torna praticamente impossível a criação de um Estado palestiniano.

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