«Estamos profundamente afectados pelo contínuo derramamento de sangue e pelo estreitamento do espaço democrático» refere o deputado comunista, Ofer Cassif, nas suas redes socias, um dia depois de ser conhecida a sua suspensão. «O Governo [israelita] está efectivamente a cometer um massacre e ambiciona guerra e violência».
Nas afirmações que levaram o Comité de Ética do Knesset (parlamento israelita) a suspender o deputado, eleito pela aliança Hadash, uma coligação que junta o Partido Comunista de Israel (PCI) e vários grupos de esquerda, incluindo árabes seculares (dos 5 deputados eleitos, apenas Cassif é judeu), Ofer Cassif equiparou as propostas do ministro das Finanças Bezalel Yoel Smotrich (da extrema-direita) a uma «solução final», termo usado pelos nazis para descrever o Holocausto.
«São declarações políticas legais, legítimas e morais», defendeu o deputado. «O governo da atrocidade está a conduzir ao desastre o povo de Israel contra o povo palestiniano», estando também, acusa, a ser dinamizada uma campanha «contra qualquer pessoa que levante uma voz crítica e de oposição».
O PCI tem defendido a urgência de «lutar para acabar a ocupação e reconhecer os legítimos direitos do povo palestiniano e as suas justas reivindicações». «Acabar com a ocupação e instaurar uma paz justa está no claro interesse de ambos os povos».
Para além das vozes críticas no parlamento, Israel vai começar a censurar a comunicação social não-alinhada
O governo liderado por Benjamim Netanyahu aprovou hoje um regulamento que lhe dá poderes para «encerrar temporariamente canais de comunicação social estrangeiros durante estados de emergência», se considerar que o canal está a prejudicar a segurança nacional.
Esta medida foi apresentada com o propósito específico de bloquear a Al Jazeera (confirmado pelo ministro das comunicações Shlomo Karhi), que desmontou recentemente a várias mentiras apresentadas por Israel em relação ao ataque ao Hospital al-Ahli, no Norte de Gaza, que vitimou centenas de pessoas.
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