Num comunicado emitido este domingo, a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos condenou as contínuas violações e crimes cometidos pelas forças israelitas de ocupação contra os menores palestinianos.
«Essa política faz parte de uma estratégia mais ampla para atacar o futuro palestiniano», sublinha o texto, citado pela Prensa Latina.
«Israel transformou os nossos jovens num objectivo permanente das suas acções destrutivas», declara o documento publicado a propósito da celebração do Dia Mundial da Criança pela ONU.
Afirmando que as tropas israelitas prenderam mais de 50 mil crianças e adolescentes palestinianos desde a ocupação da Margem Ocidental e de Jerusalém Oriental, em 1967, a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos frisou que a maioria foi detida em suas casas, de madrugada, ou nas ruas, muitas vezes no caminho entre a escola e a casa.
Deste número, refere a comissão, 160 menores ainda permanecem em centros de detenção israelitas, oito dos quais estão presos ao abrigo do regime de detenção administrativa.
Este regime permite a Israel manter os presos na cadeia sem acusação ou julgamento por períodos até seis meses, infinitamente renováveis. Três deles dos jovens assim detidos são raparigas com 16 e 17 anos de idade.
9300 detidos desde 2015
No sábado, a Sociedade dos Prisioneiros Palestinianos (SPP) revelou que as forças israelitas prenderam mais de 9300 menores palestinianos desde 2015, 750 dos quais este ano. Acrescentou que alguns foram atingidos a tiro antes de serem detidos.
No relatório publicado, a que a Wafa faz referência, a SPP destaca que a maior parte das crianças e jovens foi submetida a todas as formas de tortura física e psicológica durante a detenção, em violação das normas e convénios internacionais sobre os direitos das crianças.
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