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|Palestina

Israel aprova expansão de colonato ilegal em Jerusalém Oriental

As autoridades israelitas decidiram avançar com o processo de construção de novas casas no colonato ilegal de Giló, em Jerusalém Leste. Também na quarta-feira, os israelitas demoliram pela 105.ª vez a aldeia de al-Araqib, a sul da Margem Ocidental ocupada.

Israel prossegue a política expansionista nos territórios ocupados da Palestina, pese embora os colonatos serem considerados ilegais à luz da Convenção de Genebra
Israel prossegue a política expansionista nos territórios ocupados da Palestina, pese embora os colonatos serem considerados ilegais à luz da Convenção de GenebraCréditos

A Comissão de Planeamento e Construção de Jerusalém submeteu a votação, esta quarta-feira, o processo de licitação, que havia sido retirado em Setembro – alegadamente por pressões norte-americanas –, tendo aprovado a construção de 181 novas habitações no colonato de Giló, no Sul de Jerusalém Leste, informam a HispanTV e a PressTV.

Uma porta-voz israelita da autarquia explicou que «os planos em causa não são novos» e que «o projecto foi aprovado em Novembro de 2012», acrescentando que a votação desta quarta-feira «dizia respeito a detalhes técnicos para a distribuição das parcelas».

No mês passado, uma sessão especial do Conselho de Segurança das Nações Unidas denunciou a construção de «colonatos ilegais» por Israel nos territórios ocupados da Palestina. Estes colonatos são considerados ilegais pela ONU, a União Europeia e um grande número de países, já que a Convenção de Genebra proíbe a construção em terras ocupadas.

500 mil

israelitas vivem em mais de 230 colonatos ilegais construídos desde a ocupação israelita, em 1967

No entanto, o número de colonatos israelitas nos territórios ocupados tem crescido de forma dramática nos últimos 20 anos. Este ano, nos primeiros seis meses teve início a construção de 1195 novas casas nos colonatos, mais 40% do que nos seis meses anteriores, informa a HispanTV referindo-se a dados oficiais do centro de estatística israelita.

Mais de meio milhão de israelitas vivem em mais de 230 colonatos construídos desde a ocupação israelita, em 1967, dos territórios palestinianos da Margem Ocidental e em Jerusalém Leste.

Anexar a Margem Ocidental

O ministro da Educação de Israel, Naftali Bennett, dirigente do partido de extrema-direita HaBayit HaYehudi (Lar Judaico) e conhecido pelos seus pontos de vista «extremistas», apelou mais uma vez à anexação do território palestino ocupado da Margem Ocidental como «resposta sionista» a uma possível resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra Israel, revelam o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) e a PressTV.

«Há uma discussão sobre se nos próximos meses o Conselho de Segurança da ONU vai forçar uma resolução sobre Israel. Se isso acontecer, precisamos de ter uma resposta sionista adequada, a imediata soberania sobre a Judeia e Samaria», disse Bennett este domingo, usando o nome dado por Israel aos territórios ocupados da Margem Ocidental.

«Forças israelitas destruíram ontem, pela 105.ª vez, a aldeia beduína de al-Araqib, na região do Negev»

No mesmo sentido se pronunciaram políticos israelitas de direita, incluindo vários deputados, num comício realizado no dia seguinte, 31 de Outubro, frente ao Knesset (parlamento). A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Hotovely, declarou no comício que «a resposta à batalha internacional a propósito de Jerusalém é impor a soberania sobre Ma’ale Adumim [grande colonato com cerca de 40 mil habitantes, na Margem Ocidental, situado vários quilómetros a leste de Jerusalém], para assegurar uma Jerusalém unida e em desenvolvimento».

Também David Bitan, do partido Likud (do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu) e presidente da Coligação [de governo], prometeu trabalhar no sentido de anexar o colonato de Ma’ale Adumim e de o expandir com mais construção.

Aldeia palestiniana demolida pela 105.ª vez

Forças israelitas destruíram ontem, pela 105.ª vez, a aldeia beduína de al-Araqib, na região do Negev, no Sul de Israel. As casas foram demolidas com bulldozers, e os pertences dos residentes, incluindo os seus automóveis, foram confiscados, revelam a Ma'an e a PressTV.

Um agente da Polícia israelita disse à Ma'an que estavam a cumprir uma ordem judicial. Al-Araqib, demolida pela primeira vez em 2010, é uma de 35 aldeias beduínas que Israel classifica como «não reconhecidas».

Grupos de defesa dos direitos dos palestinianos enquadram a política de transferência da população beduína da região do Negev, levada a cabo por Telavive, no objectivo de abrir caminho à expansão dos colonatos.

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