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Indígenas desbloqueiam rodovia após protesto contra assassinatos no Maranhão

Os Guajajara, que ocuparam a rodovia BR 226 em protesto pelo aumento da violência contra os indígenas nos últimos meses, chegaram a um acordo com o secretário da Segurança Pública do Maranhão.

Sônia Guajajara, do povo Guajajara, deu a conhecer em primeira mão os assassinatos mais recentes de indígenas no estado do Maranhão (Norte do Brasil)
Sônia Guajajara, do povo Guajajara, deu a conhecer em primeira mão os assassinatos mais recentes de indígenas no estado do Maranhão (Norte do Brasil) Créditos / Mídia Ninja

Indígenas da terra Cana Brava desbloquearam a BR 226 ontem à tarde, depois de um acordo firmado com o secretário de Segurança Pública do Maranhão, que garantiu que «os assassinos serão presos».

Jefferson Portella deslocou-se à aldeia para dar início às investigações do assassinato de dois indígenas perpetrado no dia anterior, no município de Jenipapo dos Vieiras. Firmino Prexede Guajajara e Raimundo Bernice Guajajara foram mortos no sábado de manhã, quando regressavam de uma reunião com membros da Eletronorte e da Fundação Nacional do Índio (Funai), tendo sido baleados a partir de uma viatura em movimento.

Outros dois indígenas, feridos, sobreviveram ao ataque, revela o Brasil de Fato. Num áudio enviado a este meio, o líder indígena Magno Guajajara afirmou que a reivindicação de segurança nas aldeias que ficam à beira da BR 226 é antiga.

Depois de o indígena Paulo Paulino Guajajara ter sido morto a tiro por madeireiros perto dali, no dia 1 de Novembro, o Ministério Público Federal chegou a propor uma acção para obrigar o Estado a garantir a segurança na Terra Indígena Araribóia. No entanto, não houve qualquer «acção concreta por parte da segurança pública», revela Magno, que acusa a Polícia de negligência.

De momento, não há informações sobre os motivos do ataque, mas os indígenas da região receberam áudios anónimos no WhatsApp contra os povos tradicionais da zona e em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, indica o Brasil de Fato.

Os registos incluem expressões como «tem que matar mesmo» e preocupam os indígenas, que têm sentido o aumento do ódio na sociedade brasileira nos tempos mais recentes.

No sábado, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) divulgou um texto em que responsabilizava a atitude [anti-indigenista] do presidente da República: «O governo Bolsonaro tem sangue indígena em suas mãos. O aumento da violência nos territórios indígenas é reflexo direto de seu discurso de ódio e medidas contra os povos indígenas do Brasil.»

O Brasil de Fato tentou contactar Sônia Guajajara, líder do mesmo povo das vítimas e que divulgou a notícia dos assassinatos de sábado em primeira mão, nas redes sociais. «Até quando isso vai acontecer? Quem será o próximo? É preciso que as autoridades tenham um olhar específico para os povos indígenas», disse Sônia ao anunciar o crime.

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