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|Índia

Índia: dados apontam para níveis abissais de desigualdade entre homens e mulheres

A pesquisa mais recente sobre a força de trabalho na Índia mostra que a diferença de rendimentos entre homens e mulheres se situa entre os 20% e os 50%.

Créditos / Newsclick

De acordo com os dados mais recentes do inquérito periódico anual da força de trabalho 2021-2022, publicado no mês passado, a proporção de mulheres indianas que ganham a vida a trabalhar continua a ser bastante baixa.

Realizada pelo Ministério das Estatísticas, a pesquisa permite ainda perceber a enorme diferença que existe em termos de rendimentos auferidos entre homens e mulheres.

Definindo «força de trabalho» como as pessoas que estão empregadas ou desempregadas e à procura de emprego, o inquérito revela que, nas zonas rurais, 57% dos homens se integram nessa força, enquanto apenas 27% das mulheres o fazem. Nas regiões urbanas, a diferença ainda é maior: 58% – 19%.

No total, apenas um quarto das mulheres indianas estão empregadas ou à procura de emprego e o portal Newsclick destaca que a participação das mulheres no mundo do trabalho diminuiu bastante nos últimos 30 anos na Índia.

Tabela com a percentagem de participação de homens e mulheres na força de trabalho, nas zonas rurais e urbanas / Newsclick

Num contexto em que o «emprego se tornou uma área negligenciada, especialmente durante o actual governo», esta é uma das principais privações com que as mulheres são confrontadas no país subcontinental – a falta de oportunidades de emprego, destaca o periódico.

Agricultura é o sector que mais mulheres emprega

Nas zonas rurais, os dados da pesquisa mostram que a agricultura é, de longe, a principal fonte de emprego, com 51% dos homens e 76% das mulheres dedicados ao sector. Ainda assim, no caso dos homens, quase metade trabalha na construção, na indústria, no comércio e no turismo.

É para as mulheres que quase não existem alternativas ao emprego na agricultura. Só as percentagens envolvidas na indústria (manufacturas; 8%) e na construção (6%) têm algum significado.

Nas zonas urbanas, sem a agricultura para as absorver, o emprego das mulheres cai (não chega a 20%). Destas, 41% estão empregadas no sector muito abrangente dos serviços (que vão desde o serviço doméstico à docência e aos cuidados de saúde). A indústria têxtil emprega 24% das mulheres nas cidades, enquanto a hotelaria e a restauração absorvem 15%.

Tanto no campo como na cidade, as mulheres são as mais mal pagas e com empregos menos estáveis, muitas vezes no sector informal.

Enorme diferença nos salários e rendimentos

Outra informação importante que a pesquisa traz é a relativa aos rendimentos dos trabalhadores indianos, deixando em evidência o abismo existente entre homens e mulheres.

«Esta relegação das mulheres para trabalhos mal pagos ou a recusa da igualdade de remuneração pelo mesmo trabalho é um dos factores que afastam as mulheres do emprego remunerado», segundo o Newsclick, porque os salários que as mulheres auferem são «miseráveis».

Assalariadas, informais ou independentes, as mulheres trabalhadoras ganham sempre menos que os homens, sendo que o fosso vai dos 21% (entre trabalhadores assalariados em zonas urbanas) até aos 59% (entre trabalhadores por conta própria nas cidades).

O Newsclick sublinha que isto ocorre na Índia de hoje, onde as mulheres têm um nível mais elevado de educação académica do que há três décadas e manifestam a vontade de se tornar «cidadãs produtivas».

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