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|Bolívia

Greve, protestos e bloqueios na Bolívia contra adiamento das eleições

Os protestos, anunciados dia 28 pela Central Obrera Boliviana (COB) e por movimentos sociais, bloquearam importantes vias de comunicação rodoviária, para exigir democracia e eleições a 6 de Setembro.

Bloqueio na auto-estrada entre Cochabamba e Santa Cruz, no município de Colomi
Bloqueio na auto-estrada entre Cochabamba e Santa Cruz, no município de Colomi Créditos / Kawsachun News

A imprensa local, nomeadamente a Kawsachun Coca, dá conta de cortes de estradas e protestos desde a meia-noite de segunda-feira nos departamentos de Cochabamba, Santa Cruz, La Paz, Oruro, Potosí e Chuquisaca.

No departamento de La Paz, os movimentos indígenas da Federação Tupac Katari cortaram o acesso por auto-estrada à capital e, mais acima, na cidade de El Alto, foram lançadas pedras para as estradas e queimados pneus na zona de Senkata, por iniciativa da Federación de Juntas Vecinales local, que, em comunicado, disse aos moradores dos 14 distritos da cidade que pusessem em prática o «bloqueio das mil esquinas» a partir da meia-noite, refere a TeleSur.

A greve por tempo indeterminado com bloqueio de vias foi convocada no passado dia 28 de Julho pela COB e o Pacto de Unidade, que engloba inúmeros movimentos sociais do país andino, no âmbito de uma mobilização nacional em defesa da democracia e contra o adiamento de eleições de 6 de Setembro para 18 de Outubro, tal como decretou o Supremo Tribunal Eleitoral (STE).

O manifestantes não aceitam o argumento da pandemia usado pelos golpistas, num país onde faltam ventiladores e equipamentos de bio-segurança. Nos protestos, exigem também o regresso da democracia ao país e o fim do governo golpista liderado pela presidente autoproclamada Jeanine Áñez, que acusam de tentar privatizar os recursos naturais do país e o sector da Educação, bem como de ser o principal responsável pela crise sanitária, económica e humanitária que o povo boliviano enfrenta.

Entretanto, o STE confirmou, ontem mesmo, o adiamento das eleições para 18 de Outubro, com eventual segunda volta a 29 de Novembro – depois de terem estado marcadas para 3 de Maio e 6 de Setembro. Determinou ainda que a campanha eleitoral deve começar a 6 de Setembro e terminar a 14 de Outubro, informa a Prensa Latina.

Com o anúncio, no meio dos protestos que reclamam as eleições a 6 de Setembro, Áñez é acusada de estar a procurar o confronto, ignorando deliberamente a situação de mal-estar no país.

Evo Morales denuncia perseguição a dirigentes políticos e sindicais

O ex-presidente boliviano Evo Morales, deposto na sequência do golpe de Estado de Novembro de 2019, apoiado pelos Estados Unidos, utilizou a sua conta de Twitter para denunciar a perseguição que está a ser movida ao dirigente sindical Juan Carlos Huarachi e à deputada Betty Yañiquez por promoverem os protestos contra o adiamento das eleições.

O governo golpista boliviano acusou Huarachi, dirigente da COB, Yañiquez, líder da bancada parlamentar do Movimento para o Socialismo (MAS), e também Morales, actualmente exilado na Argentina, de atentado à saúde por liderarem ou apoiarem as manifestações.

Nas eleições gerais, os bolivianos vão eleger um presidente e um vice-presidente – como o fizeram em 2019, antes do golpe –, senadores, deputados, além de autoridades departamentais e municipais.

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