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|Colômbia

Governo colombiano tem de explicar matança em Putumayo

Organizações de direitos humanos acusam o Exército de ter matado 11 civis, dia 28 de Março, para os apresentar como «falsos positivos». Congressistas intimaram o ministro da Defesa a dar explicações.

Os «falsos positivos» em Puerto Leguízamo, sobre os quais se exigem esclarecimentos, é um dos muitos casos de violência e violações dos direitos humanos perpetrados na Colômbia 
Os «falsos positivos» em Puerto Leguízamo, sobre os quais se exigem esclarecimentos, é um dos muitos casos de violência e violações dos direitos humanos perpetrados na Colômbia Créditos / Contagio Radio

Senadores e representantes de diversos partidos colombianos, como os Comunes e a Alianza Verde, formalizaram o pedido de comparência, ainda sem data marcada, para que Diego Molano, titular da Defesa, aborde a operação militar em que 11 pessoas, já identificadas como civis, foram mortas.

Recorde-se que no passado dia 28 de Março o Exército colombiano realizou uma incursão numa zona rural do município de Puerto Leguízamo, no departamento de Putumayo (Sul da Colômbia).

Organizações de defesa dos direitos humanos e comunidades de camponeses da zona referem que os assassinados eram civis que participavam num bazar e não membros de grupos armados ilegais, tal como divulgaram o Exército, Molano e o presidente da República, Iván Duque.

Segundo refere a TeleSur, também foram intimados a comparecer o comandante do Exército, general Eduardo Zapateiro, e a directora do Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar, Lina María Arbeláez.

Entretanto, esta quinta-feira, o Ministério Público desmentiu, em comunicado, as versões postas a circular por alguns órgãos de comunicação social de acordo com as quais o Exército tinha capturado quatro pessoas – apontadas como guerrilheiros das FARC-EP – durante a operação em Putumayo.

Espiral de violência contínua

Na quarta-feira, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) reportou o 32.º massacre no país sul-americano em 2022. Um grupo de homens armados disparou sobre pessoas que conversavam no Bairro San Vicente, em Quibdó, capital do departamento de Chocó, provocando três mortos.

De acordo com os dados registados pelo organismo, este ano registaram-se 32 massacres na Colômbia, com um saldo de 105 vítimas mortais.

Para além disso, sucedem-se os casos de assassinatos de dirigentes sociais e defensores dos direitos humanos.

Um dos mais recentes, indicado na conta de Twitter do Indepaz, foi o do dirigente comunitário José Pascual Quevedo Velásquez, assassinado por um grupo de homens armados, no domingo, em San José del Guaviare, no município de Puerto Concordia (departamento de Meta).

Quevedo Velásquez era membro da Cooperativa Multiactiva Agropecuaria del Guaviare, da Asociación de Campesinos y Trabajadores de la Región del Río Guayabero e da Coagro Guaviare em Puerto Concordia, informou o Indepaz.

Já esta quinta-feira, o organismo deu conta do assassinato do dirigente agrícola e associativo Luis Alfredo Castaño Gómez, de 69 anos, em Toro (departamento de Valle del Cauca).

Com este homicídio, perpetrado no passado dia 1, o Indepaz regista 51 assassinatos de dirigentes sociais em 2022 e 1335 desde a assinatura do acordo de paz, em Novembro de 2016, entre governo colombiano e Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP).

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