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|Palestina

Gaza com níveis alarmantes de fome, enquanto Israel trava as ajudas

Mais de metade dos 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza cercada enfrentam uma «fome catastrófica», revela um relatório agora publicado, com o apoio da ONU.

Crianças palestinianas à espera de receber ajuda alimentar em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza (imagem de arquivo) 
Crianças palestinianas à espera de receber ajuda alimentar em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza (imagem de arquivo) CréditosAbed Zagout / Anadolu

A publicação, ontem, da mais recente avaliação da segurança alimentar fez soar ainda mais os alarmes sobre a situação no enclave, onde metade da população – cerca de 1,1 milhões de pessoas – enfrenta «fome catastrófica».

De acordo com estudo, o Norte de Gaza poderá ser atingido pela fome generalizada a qualquer momento de agora até Maio, refere o relatório, que também sublinha o facto de a insegurança alimentar se ter tornado mais «mais profunda e generalizada» num território onde a tendência para a desnutrição aguda está a aumentar de forma acentuada.

Neste contexto, o relatório da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC) pede «acções necessárias» para prevenir uma situação de fome generalizada, frisando que estas requerem uma decisão política imediata com vista a um cessar-fogo, bem como o aumento significativo e imediato do acesso humanitário e comercial a toda a população do enclave costeiro palestiniano.

Palestinianos deslocados no campo de al-Shaboura, em Rafah / news.un.org

«Devem ser feitos todos os esforços possíveis para garantir o abastecimento de comida, água, medicamentos e a protecção dos civis, bem como para reestabelecer e proporcionar serviços de saúde, água, saneamento e energia», afirma o texto.

Na sua conta de Twitter (X), a agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (Unrwa) destaca o facto de metade da população ter esgotado completamente as reservas alimentares e a capacidade de sobrevivência.

«Trata-se do número mais elevado de pessoas alguma vez registado pelo sistema IPC a enfrentar a fome catastrófica e o dobro do número de apenas há três meses», sublinha o organismo a propósito das conclusões do relatório, no mesmo dia em que as autoridades israelitas recusaram a entrada na Faixa de Gaza do comissário-geral da Unrwa, Philippe Lazzarini.

Lazzarini disse, na sua conta de Twitter, que a sua visita ao enclave tinha como objectivo coordenar e melhorar a resposta humanitária, sublinhando que a Unrwa é, de longe, a agência com maior presença no terreno.

«Perdeu-se demasiado tempo. Todas as passagens terrestres devem ser abertas», defendeu, acrescentando que «a fome se pode evitar com vontade política».

O estudo do IPC ontem publicado com o apoio das Nações Unidas destaca a gravidade da situação em Gaza, afirmando que, devido à falta de comida, muitas pessoas comem forragem animal, procuram alimentos no lixo ou pedem nas ruas.

De acordo com o IPC, a fome é classificada em cinco níveis de severidade, indo de um (mínima) a cinco (catástrofe).

Prosseguemo os bombardeamentos israelitas

As forças de ocupação continuam a bombardear vários pontos do enclave costeiro, incluindo Rafah, onde esta manhã foram mortas pelo menos 14 pessoas, refere a Wafa.

O Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros condenou os ataques a Rafah, onde se encontram deslocadas cerca de 1,5 milhões de pessoas. Para a diplomacia palestiniana, Israel já deu início à agressão ao extremo Sul da Faixa de Gaza, mas sem fazer muito alarde, para evitar críticas internacionais.

Entretanto, o Ministério palestiniano da Saúde revelou, esta manhã, que o número de mortos em Gaza desde o início da agressão israelita, a 7 de Outubro, subiu para 31 819 e o de feridos para 73 934.

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