«Nenhum local é seguro, ninguém está a salvo. O custo humano desta violência e desta deslocação incessantes é imenso», denunciou na sua conta de Twitter (X) a agência da ONU para os refugiados palestinianos (Unrwa).
O organismo criticou Israel por obrigar centenas de milhares de palestinianos que vivem no enclave a uma nova deslocação.
São «desenraizados por ataques contínuos e confinados em áreas minúsculas e inseguras», frisou.
Na sua publicação, a Unrwa alerta para a destruição de «edifícios, escolas, refúgios e hospitais» em Gaza, onde «o acesso a comida, água potável e outros bens essenciais é severamente limitado».
Em declarações a uma TV, uma representante do organismo, Tamara al-Rifai, também condenou as ordens de deslocação forçada decretadas pelas forças sionistas de ocupação.
«Para quase dois milhões de habitantes de Gaza a vida viu-se reduzida a tentar manter-se vivo», disse, acrescentando que em Gaza cada pessoa vive apenas em meio metro quadrado.
Pelo menos 50 torres residenciais arrasadas por Israel na Cidade de Gaza
Recentemente, as forças de ocupação deram início a uma grande ofensiva terrestre contra a Cidade de Gaza, onde residem perto de um milhão de pessoas.
A ofensiva seguiu-se à aprovação pelo gabinete de segurança israelita, em Agosto último, do plano apresentado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu com vista à reocupação do enclave palestiniano em várias etapas, a primeira das quais tem como alvo a Cidade de Gaza e zonas próximas.
No âmbito desta ofensiva, a ocupação tem estado a derrubar as torres residenciais da cidade, forçando desse modo os habitantes a fugirem para sul.
Segundo refere a PressTV, os ataques israelitas contra a Cidade de Gaza intensificaram-se este fim-de-semana, onde pelo menos 50 torres residenciais foram bombardeadas e arrasadas até este domingo.
Neste contexto de ataques incessantes e de fome – resultante do bloqueio imposto por Israel ao enclave –, o número de vítimas mortais continua a aumentar.
De acordo com as autoridades de saúde no enclave, referidas pela Wafa, desde 7 de Outubro de 2023 até ontem foram mortos pelo menos 64 368 palestinianos (390 dos quais devido à fome e à má-nutrição) e pelo menos 162 776 ficaram feridos.
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