Fontes locais disseram à agência Sana que as tropas do Pentágono foram transportadas de helicóptero até à aldeia de Salham, a sudeste da cidade de al-Shadadi.
Numa ofensiva apoiada pelas chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS, maioritariamente curdas), as forças militares de Washington cercaram a aldeia e «abriram fogo de forma indiscriminada» contra as casas e os campos agrícolas circundantes, referem as fontes.
Acrescentam que os aldeões procuraram fugir de suas casas e que pelo menos três foram atingidos pelos disparos – um deles mortalmente – das tropas e das milícias curdas.
Com o pretexto de lutar contra o terrorismo, Washington tem cerca de uma dezena de bases na Síria, quase todas na al-Jazira, a região síria rica em recursos petrolíferos e gás.
O governo de Damasco tem denunciado repetidamente esta presença ilegal, afirmando que as acções das tropas norte-americanas visam desestabilizar o país levantino e saquear os seus recursos.
Estado de alerta e reforço de contingente
De acordo com o portal The Cradle, as forças de ocupação norte-americanas estão em «estado de alerta elevado» no Nordeste da Síria, por causa de «possíveis ataques de grupos da resistência».
O ataque de ontem à aldeia de Salham ocorre neste contexto de «alerta», sendo que as tropas de Washington têm estado a realizar exercícios com fogo real nas províncias de Hasakah e Deir ez-Zor.
Além disso, as milícias das FDS têm levado a cabo raides quase diários contra tribos árabes, efectuando dezenas de detenções entre aqueles que se opõem à ocupação e manifestam descontentamento com a presença militar de Washington.
Ainda de acordo com The Cradle, nas últimas duas semanas, o Pentágono reforçou novamente a sua presença no Nordeste da Síria, tendo enviado para ali tropas que estavam no Iraque.
Outro facto que tem vindo a público nalguma imprensa são os ataques recentes de células do Daesh contra trabalhadores agrícolas e forças militares sírias na região do deserto.
Derrotado pelo Exército Árabe Sírio e aliados, o Daesh aparece agora em pequenas células na região desértica da Badia, que logo desaparecem.
Uma das acusações há muito feitas por Damasco contra Washington – e também por Moscovo – é a de que, na base de al-Tanf, junto à fronteira com a Jordânia e o Iraque, os EUA dão guarida a elementos extremistas, que treinam, para depois «espalharem o caos».
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