A divulgação da mensagem solidária com a Palestina na conta de Instagram da conhecida actriz da saga «Harry Potter» mereceu muitos «gostos» e elogios, mas despertou também as críticas dos pró-sionistas e de «funcionários israelitas», que acusaram Watson de «anti-semitismo».
Esta quinta-feira, mais de 40 figuras da indústria cinematográfica vieram a público declarar, num comunicado conjunto, o seu apoio à mensagem da actriz britânica.
«Nós juntamo-nos a Emma Watson no apoio à simples declaração de que "solidariedade é um verbo", incluindo a solidariedade significativa com os palestinianos que lutam pelos seus direitos humanos ao abrigo do direito internacional», lê-se no texto, divulgado pela WAFA.
Referindo-se a relatórios de organizações não governamentais de acordo com os quais Israel comete diversos crimes enquanto potência ocupante, afirmam: «Reconhecemos o desequilíbrio de poder subjacente entre Israel, a potência ocupante, e os palestinianos, o povo sob um sistema de ocupação militar e apartheid.»
O comunicado também menciona as expulsões dos palestinianos de suas casas: «Opomo-nos às tentativas contínuas israelitas de expulsar pela força as famílias palestinianas de suas casas nos bairros de Sheikh Jarrah e Silwan, em Jerusalém Oriental, e noutras partes dos territórios palestinianos ocupados.»
Os artistas, em que se incluem Miriam Margolyes, Julie Christie, Michael Malarkey ou Matt McGorry, afirmam igualmente que denunciam todas as formas de racismo, sublinhando que «a oposição a um sistema político ou a uma política é diferente da intolerância, do ódio e da discriminação visando qualquer grupo de seres humanos com base na sua identidade».
A lista de signatários inclui actores, realizadores, produtores, guionistas e outras figuras ligadas ao cinema como Steve Coogan, Peter Capaldi, Susan Sarandon, Mark Ruffalo, Maxine Peake, Viggo Mortensen e Harriet Walter.
Ken Loach, Asif Kapadia, Mira Nair, Peter Kosminsky, Liam Cunningham, Khalid Abdalla, James Schamus e Oren Moverman também declaram o apoio a Watson e à Palestina.
Ao longo dos anos, várias figuras públicas, académicos e do mundo da cultura no Ocidente têm declarado o apoio à Palestina e, nalguns casos, ao movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), tendo em conta a opressão a que o povo palestiniano é sujeito por Israel.
Em Outubro do ano passado, a escritora irlandesa Sally Rooney decididiu não vender os direitos de tradução do seu mais recente romance a uma editora israelita, tendo em conta os «crimes israelitas contra os palestinianos».
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