Na Cidade de Ho Chi Minh (antiga Saigão), a exposição, inaugurada dia 28, está patente ao público em quatro locais diferentes até dia 6 de Maio.
No total, são cerca de 400 fotografias, que ilustram, entre outros aspectos, mais de 20 anos de guerra de resistência do povo e do Exército vietnamitas contra o imperialismo norte-americano, «para libertar o Sul, proteger o Norte e reunificar o país», indica a Vietnam News Agency (VNA).
Igualmente destacados são o esforço e o contributo dos trabalhadores vietnamitas – com o forte apoio e solidariedade do movimento operário internacional – «para a vitória histórica» do seu país frente ao colonialismo francês e o imperialismo dos Estados Unidos.
Segundo foi destacado por responsáveis do Partido Comunista do Vietname (PCV) na grande metrópole, a exposição serve também para valorizar o papel dos combatentes da Frente de Libertação Nacional do Vietname do Sul (também conhecidos como vietcongues) na resistência.
Na capital, Hanói, a Cidadela Imperial de Thang Long acolhe, desde o passado dia 26, uma exposição de quase 200 documentos e objectos «excepcionais», que destacam o papel do quartel-general do Exército do Povo do Vietname (EPV), na Ofensiva da Primavera de 1975, que foi ali desenhada em Dezembro de 1974 e que culminaria na Libertação de Saigão e do Sul.
«Sublinha igualmente as directivas flexíveis e oportunas emitidas pelos dirigentes do Partido, do Estado e do Ministério da Defesa nos momentos mais importantes da revolução no Sul, e que essas decisões criaram uma força considerável para que a revolução obtivesse a vitória completa e o país a reunificar», explica a VNA.
A Casa D67 e o Túnel D67, na Cidadela Imperial, são dois dos locais mais importantes na história da resistência do Vietname. Entre 1968 e 1975, foram o quartel-general do EPV e o local de muitas reuniões secretas do Comité Central e da Comissão Central Militar, que tomariam decisões estratégicas para a revolução no Sul, a Libertação e a Reunificação do país.
«Méritos dos mártires serão lembrados para sempre»
Numa cerimónia realizada dia 28 a propósito do 48.º aniversário da Libertação do Sul e da Reunificação (30 de Abril de 1975), o presidente vietnamita, Vo Van Thuong, disse que o Partido, o Estado e o povo lembrarão sempre «os méritos dos heróis, dos mártires e dos veteranos», tendo feito especial menção aos membros da Frente B3 das Terras Altas Centrais do 3.º Corpo do Exército, refere a VNA.
Thuong recordou que a Frente B3 das Terras Altas Centrais lutou num campo de batalha chave com muitas dificuldades e penúrias, tendo enaltecido a resistência, coragem, inteligência e criatividade que lhes permitiu obter vitórias de grande alcance estratégico.
«A dor da guerra ainda existe no seio de muitas famílias», disse o chefe de Estado, lembrando os mais de 40 mil oficiais e soldados do 3.º Corpo do Exército que «deram a sua vida de forma heróica».
Thuong congratulou-se com o facto de que muitos veteranos, que escreveram uma página tão importante na construção nacional, se encontram e organizam actividades práticas, e pediu-lhes que participem activamente na luta contra a corrupção, se ajudem uns aos outros na vida e sejam um exemplo para as gerações seguintes.