O vice-presidente da Associação, Dang Nam Dien, explicou esta segunda-feira em Hanói, numa reunião da Comissão Central do organismo, que os fundos recolhidos se destinaram fundamentalmente à desintoxicação e à prestação de cuidados médicos a quem ainda sofre as consequências dos ataques, à melhoria das suas condições de habitação e à atribuição de bolsas de estudo aos seus descendentes.
Nam Dien, que agradeceu o apoio das diversas instituições que participam activamente no movimento Agir pelas Vítimas do Agente Laranja, disse que, apesar das dificuldades colocadas este ano pela pandemia de Covid-19 e pelos desastres naturais, a Associação conseguiu cumprir todas as tarefas previstas, indica a Agência de Notícias do Vietname.
Ao longo deste ano, cerca de 13 milhões de euros foram destinados às vítimas do Agente Laranja, disse o director da Associação, tendo precisado que, com esses fundos, foram construídas 1041 casas, atribuídas bolsas a quase 3100 estudantes e prestados cuidados de enfermagem a 4000 pessoas, entre outros serviços.
Os esforços daqueles que actuam em prol das vítimas contribuíram para que o Congresso e a administração dos Estados Unidos tenham aceitado mais a responsabilidade do país nos bombardeamentos levados a cabo com dioxina no Vietname, referiu, acrescentando que as iniciativas para reivindicar justiça para as vítimas têm estado a dirigir-se na direcção certa.
Dang Nam Dien informou ainda que a Associação irá organizar um evento, no próximo ano, para «assinalar os 60 anos do desastre do Agente Laranja no Vietname».
Recorde-se que, entre 1961 e 1971, a aviação militar norte-americana lançou sobre o país do Sudeste Asiático milhões de litros de herbicida, em particular um desfolhante à base de dioxina conhecido como Agente Laranja.
Esta operação de guerra química provocou uma grande desflorestação, a extinção de espécies animais, a contaminação de habitats, e a proliferação de doenças irreversíveis, como malformações congénitas, cancro e síndromes neurológicos, por milhões de vietnamitas. Cinquenta anos depois, ainda nascem crianças com malformações congénitas no Vietname.
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