Li Qiang fez este apelo ao intervir na 26.ª Cimeira ASEAN Mais Três, que inclui os dez estados-membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e a China, o Japão e a República da Coreia.
Referindo-se a este mecanismo de cooperação «10+3», Li disse que passou por «múltiplas crises e testes» nas últimas duas décadas, mas que também «desempenhou um papel importante na promoção do desenvolvimento e da prosperidade regional».
«Quanto mais difícil for, mais nós devemos procurar a solidariedade e a cooperação», sublinhou, citado pelo China Daily.
Notando que os países envolvidos no mecanismo de cooperação têm interesses e oportunidades comuns, Li destacou a importância de procurarem pontos comuns, ao mesmo tempo que põem de parte as diferenças e consolidam de forma contínua os fundamentos para a cooperação.
Num contexto mundial marcado por turbulência e mudanças, em que o esforço de desenvolvimento enfrenta enormes desafios, o primeiro-ministro chinês salientou a necessidade de se «dar prioridade ao desenvolvimento na cooperação regional, de eliminar várias perturbações, de explorar o potencial de cooperação e do esforço para explorar uma via de desenvolvimento mais estável, vibrante e inclusiva», indica a fonte.
Neste sentido, o governante chinês manifestou a disponibilidade do seu país para trabalhar com todas as partes para aproveitar a implementação do novo Plano de Trabalho de Cooperação ASEAN Mais Três, encarando-o como oportunidade para «promover a conectividade e a integração económica regional», bem como para «reforçar parcerias na inovação e na economia digital, fortalecer o desenvolvimento sustentável e os esforços de diminuição da pobreza».
No mesmo sentido, o primeiro-ministro da China sublinhou a importância de os países «tirarem partido da proximidade geográfica e da complementaridade económica para optimizar e actualizar as cadeias industriais e de abastecimento na região».
Segundo refere o China Daily, o responsável chinês aproveitou também o encontro na capital indonésia para reafirmar a posição da China sobre as descargas de águas contaminadas da central nuclear de Fukushima, no Japão.
Assim, defendeu que essas descargas afectam o ambiente ecológico marinho global e a saúde pública, e que «o Japão deve cumprir fielmente as suas obrigações internacionais e empenhar-se em consultas aprofundadas com os países vizinhos e outras partes interessadas com o intuito de lidar com a questão de forma responsável».
A 26.ª Cimeira ASEAN Mais Três (mecanismo conhecido pela sigla APT, do inglês «ASEAN Plus Three») é um de vários eventos que nestes dias têm tido lugar em Jacarta, associados à 43.ª Cimeira da ASEAN, cuja Sessão Plenária decorreu a 5 de Setembro.
Dez países integram actualmente a Associação de Nações do Sudeste Asiático: Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Singapura, Tailândia e Vietname.