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|Argentina

Eleições argentinas não foram um «descalabro» para Fernández

Os resultados das legislativas não trouxeram a Fernández o cenário de desastre anunciado pela direita. A Frente de Todos é a primeira força na Câmara e no Senado, embora perdendo aqui a maioria absoluta.

Créditos / Prensa Senado / Página 12

A segunda fase do governo de Alberto Fernández não se adivinha fácil, mas as eleições deste domingo, que renovavam 127 dos 257 assentos na Câmara dos Deputados e 24 dos 72 no Senado, não definiram o cenário de hecatombe que o macrismo andava a anunciar, lembrando incansavelmente aos cidadãos argentinos a «crise» em que vivem, como se Macri e amigos não tivessem grandes responsabilidades no seu surgimento.

No concreto, os resultados determinam que a Frente de Todos (pró-governo) e a Juntos por el Cambio – a aliança do macrismo, que já foi Cambiemos – figurem como as forças políticas dominantes no Congresso argentino, com a primeira a deter agora 118 assentos e a segunda 116 na Câmara dos Deputados.

No Senado, a grande novidade é que a Frente de Todos passa de 41 para 35 assentos, ficando agora a dois lugares de distância da maioria absoluta que detinha, enquanto a Juntos por el Cambio, que tinha 25 senadores, passa a ter 31. Ou seja, também na câmara alta a aliança que apoia o governo liderado pelo presidente Fernández se verá forçada a uma maior negociação.

Embora a oposição de direita tenha celebrado a vitória deste domingo – obteve mais 2 milhões de votos e ficou à frente da Frente em termos percentuais (9%) –, o cenário ficou distante do esperado, tendo em conta que não conseguiu tornar-se a «primeira minoria» na Câmara dos Deputados, para assim arrebatar a presidência da câmara baixa a Sergio Massa, da Frente de Todos.

Outro dado importante foi o reforço da Frente de Izquierda y de los Trabajadores (FIT), que passou a ser a terceira força mais votada a nível nacional (com óptimos resultados em vários pontos do país) e passou a ter quatro deputados – o dobro dos que tinha até agora.

Também destacada pela imprensa argentina é a entrada da extrema-direita no Congresso, onde o partido Avanza Libertad passa ter cinco deputados. Apresentando-se como liberais e libertários, acusaram o macrismo de «fraco», «valeram-se do mal-estar social e avançaram sobre o universo eleitoral do Juntos por el Cambio [de Macri]», afirma o diário Página 12.

Com este cenário, centrado nos 24 meses que tem por diante, Alberto Fernández afirmou ontem que vai continuar a governar para todos. «Se queremos resolver os desafios que enfrentamos, precisamos que as grandes maiorias gerem consensos», disse o presidente argentino pouco depois do anúncio dos primeiros resultados provisórios.

Deste modo, Fernández deu a entender que, na segunda fase do seu mandato, deverá continuar a haver diálogo com a oposição, que o chefe de Estado espera que seja «responsável e aberta» ou, como também disse, «uma oposição patriótica».

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