A iniciativa, que decorreu ao longo da semana passada com o lema «A minha cultura é minha identidade», incluiu um amplo leque de actividades, como exposições de artesanato, pintura, escultura, património histórico e musical, feiras do livro, espectáculos de música, canto, teatro e dança, além de condecorações a figuras que se destacaram pelos seus contributos no sector.
Em declarações à imprensa, a ministra síria da Cultura, Lubana Mashwah, sublinhou que a celebração do 62.º aniversário da criação do Ministério que dirige pretende destacar a diversidade e riqueza cultural do país, que foi atingido por uma guerra feroz.
Visa igualmente conservar elementos materiais e imateriais para as próximas gerações, e transmitir ao mundo uma mensagem do amor dos sírios pela arte e pela paz, disse ainda a ministra, que destacou o apoio dado pelo seu Ministério ao trabalho criativo, que gera uma atmosfera social e intelectual saudável, longe do fanatismo e do unilateralismo, informa o Syria Times.
Uma das exposições importantes dos Dias da Cultura foi inaugurada no Museu Nacional de Damasco, onde foram expostas peças arqueológicas de diferentes épocas e que foram recuperadas depois de terem sido roubadas por grupos terroristas para serem contrabandeadas.
O director-geral de Antiguidades e Museus, Nazir Awad, disse à imprensa que os objectos provinham de sítios arqueológicos tão importantes e conhecidos como Ugarit, Mary, al-Khwira e Tal Baidar, de onde terroristas e saqueadores de tesouros levaram centenas de milhares peças para o estrangeiro.
Não obstante, referiu o funcionário, quase 35 mil peças antigas foram recuperadas e levadas para o Museu Nacional de Damasco e outros espalhados pelo país, que, no contexto da guerra, se mantiveram encerrados ao público e se dedicaram ao trabalho de conservação e catalogação, tendo reaberto em 2018.
O apoio à cultura e o interesse por ela ficaram bem patentes, nestes Dias, nas várias actividades organizadas na Prisão Central de Damasco, onde os presos exibiram pinturas, peças de artesanato e trabalhos manuais. Além disso, procedeu-se à ampliação da biblioteca e os reclusos apresentaram espectáculos de teatro e canto sob o lema «Esperança na prisão de Damasco», informa um correspondente da Prensa Latina na Síria.
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