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|Venezuela

Delcy Rodríguez denuncia impacto negativo das sanções norte-americanas

Ao participar, na Bolívia, no seminário «Nova Arquitectura Financeira Regional», a vice-presidente venezuelana alertou para as consequências das medidas unilaterais dos EUA na região.

A vice-presidente da Venezuela a intervir, a 11 de Março de 2024, no seminário que teve lugar em Santa Cruz (Bolívia) 
A vice-presidente da Venezuela a intervir, a 11 de Março de 2024, no seminário que teve lugar em Santa Cruz (Bolívia) Créditos / mazo4f.com

Rodríguez, que interveio esta segunda-feira no seminário internacional «Nova Arquitectura Financeira Regional para uma melhor integração num mundo de mudanças», defendeu a unidade na América Latina e nas Caraíbas, depois de décadas em que a presença norte-americana dificultou o desenvolvimento regional.

Também chamou a atenção para o facto de os EUA usarem as medidas coercivas unilaterais como política de «chantagem e extorsão» aos países que não estão alinhados com os seus interesses – «fazem disso o eixo central da [sua] política externa», afirmou Delcy Rodríguez na cidade de Santa Cruz.

Insistindo na necessidade de unidade entre os povos da região da América Latina e Caraíbas, alertou que o sistema financeiro internacional é controlado pelos EUA, que o transformam num dos seus instrumentos de agressão económica. «Por isso, penso que a comunidade financeira regional é imprescindível se não quisermos estar expostos», frisou.

Os EUA usam as medidas coercivas unilaterais como política de chantagem e extorsão aos países que não estão alinhados com os seus interesses / @delcyrodriguezv

«Se queremos pensar numa nova arquitectura financeira, temos de comerciar, poupar e financiar-nos nas nossas moedas», acrescentou Rodríguez.

A vice-presidente venezuelana, acompanhada pelo seu compatriota Jorge Arreaza, secretário executivo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), insistiu na necessidade de uma mudança no sistema mundial, lembrando que os EUA cometeram contra o seu país «um genocídio económico e social». «Querem arrasar com os pobres», afirmou, citada pela TeleSur.

PetroCaribe, a situação no Haiti e a desculpa para novas intervenções

No encontro, que contou com a participação, entre outros, de Alberto Fernández e Ernesto Samper, ex-presidentes da Argentina e da Colômbia, respectivamente, Delcy Rodríguez disse que o petróleo é o principal produto de exportação da região e que, quando o crude venezuelano é afectado, isto tem repercussões nos restantes produtores regionais.

«O exemplo mais terrível do ponto de vista humanitário, vemo-lo hoje no Haiti. A Venezuela apoiou esse país, através do PetroCaribe, com mais de quatro mil milhões de dólares. Onde está o Haiti hoje?», frisou, referindo-se à situação de caos e miséria no país antilhano, que o imperialismo pretende usar como justificação para novas intervenções.

«Agora a situação tornou-se uma desculpa para justificar a invasão militar desse país. Os responsáveis pela situação que o Haiti vive actualmente são os que bloquearam a Venezuela e impediram o programa do PetroCaribe», acrescentou.

A vice-presidente disse ainda que, por causa das sanções, entre 2015 e 2023, a Venezuela deixou de produzir 3400 milhões de barris de petróleo, o que equivale a 232 mil milhões de dólares.

«São números que se dizem facilmente mas imaginem as repercussões e o que significou a queda de 99% das nossas receitas», sublinhou.

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