Alicia Álvarez, da Asociación Máximo Gómez de Cubanos Residentes en República Dominicana, insistiu na urgência de definir linhas de acção para evidenciar as reais ameaças contra Cuba através da comunicação social.
«Na luta contra a política hostil de Washington, devemos tentar integrar mais cubanos patriotas e também exercer maior influência na nossa esfera de acção, porque muitas pessoas desconhecem o que é o bloqueio», afirmou, citada pela Prensa Latina.
Intervindo no segundo dia do Sétimo Encontro Regional de Cubanos Residentes na América Latina e Caraíbas, que decorreu na capital da República Dominicana de sexta a domingo, Álvarez alertou os seus compatriotas para as campanhas de difamação contra Cuba, a tendência para distorcer a realidade e ampliar até as mais pequenas coisas que acontecem no país.
Por seu lado, Rafael Ruiz, cubano residente na Nicarágua, instou à reflexão sobre o modo como os cubanos fora da Ilha podem ajudar o seu país em momentos de recrudescimento do bloqueio norte-americano, como o actual.
Disse que também no país centro-americano algumas pessoas não sabem da existência do bloqueio, em virtude das campanhas mediáticas de desinformação.
Num encontro que teve como lema «Pela paz, contra o bloqueio e o terrorismo, pela defesa da Pátria e da Cubanidade», José Ramón Álvarez, da Asociación de Cubanos Residentes en México «José Martí», denunciou o facto de a guerra económica representar uma violação massiva e sistemática dos direitos humanos, que qualificou como «acto de genocídio».
Apelou ainda à unidade dos cubanos residentes em países da região e do mundo para pôr fim ao bloqueio criminoso, e leu uma «Declaração de Princípios» na qual a associação exige o fim imediato da guerra económica contra Cuba e a retirada do país da lista unilateral de países que alegadamente patrocinam o terrorismo.
«Um barco de petróleo para Cuba»
Olivia Garza, vice-presidente da associação no México, que interveio de forma virtual, propôs aos cubanos que adiram a uma campanha que designou «Un barco de petróleo para Cuba», a ser apresentada a 13 de Agosto deste ano, por ocasião do centenário do nascimento de Fidel Castro.
Explicou que essa campanha se prolongará até 13 de Agosto de 2026 e afirmou que, embora a verba a juntar seja elevada, isso não lhes tira o ânimo. Nesse sentido, adiantou que vão realizar actividades políticas e culturais, e que vão pedir a artistas plásticos cubanos para que doem as suas obras, com o fim de serem leiloadas.
Sublinhando que é preciso mostrar que a emigração cubana é maioritariamente a favor de Cuba e da Revolução, Garza afirmou – tal como outros compatriotas que a precederam – que muita gente desconhece as reais implicações do bloqueio, razão pela qual é necessário explicar a sua essência e os danos que provoca.
Também presente no encontro esteve a directora geral de Assuntos Consulares e Cubanos Residentes no Estrangeiro, Ana Teresita González, tendo frisado que actualmente não existe tarefa mais importante que a luta contra o bloqueio.
Por isso, disse, os cubanos que amam o seu país devem procurar os mecanismos, por iniciativa própria, de o defender.
González, que presidiu à delegação do Ministério cubano dos Negócios Estrangeiros no evento, sublinhou que não há país no mundo que enfrente um bloqueio tão cruel como Cuba, e lhe resista.
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