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Cuba e países da Caricom, quase meio século de cooperação e solidariedade

A Comunidade das Caraíbas (Caricom) reafirmou os laços de amizade e cooperação com Cuba, bem como a rejeição do bloqueio imposto pelos EUA, quando passam 49 anos do estabelecimento de relações diplomáticas.

Médicos das brigadas de saúde de Cuba (imagem de arquivo)
A ajuda médica de Cuba aos países da Caricom foi um dos elementos destacados pelo presidente do organismo regional Créditos / dialogosdosul.operamundi.uol.com.br

«A Caricom e Cuba têm muito de que se orgulhar. Uma amizade crescente, que se prolonga há quase meio século, é um marco pouco comum na história de qualquer relação», afirmou ontem Hon Gaston Browne, presidente do organismo regional e primeiro-ministro de Antígua e Barbuda.

Referindo-se ao «compromisso inabalável da Caricom para continuar a reforçar e melhorar os laços de amizade, cooperação e solidariedade que nos unem», Browne sublinhou que o espírito de cooperação foi «uma grande ajuda, tanto a nível bilateral como regional, particularmente no que respeita ao desenvolvimento das capacidades humanas e ao fornecimento de serviços de saúde», informa o portal today.caricom.org.

Neste sentido, destacou a presença de pessoal da saúde cubano nos países das Caraíbas para ajudar a fazer frente à Covid-19, algo que classificou como «exemplo da contínua solidariedade de Cuba face aos seus próprios desafios, decorrentes do bloqueio norte-americano de longa duração e universalmente condenado».

«Esta relação viu-se reforçada pelos laços formais de compromisso desenvolvidos ao longo dos anos, a cooperação Sul-Sul e os esforços para fortalecer as ligações comerciais, uma área em que ambas as partes podem conseguir mais», acrescentou.

A embaixadora de Cuba com autoridades de Antígua e Barbuda  Créditos

Fundada em 1973 por quatro países das Caraíbas anglófonas – Barbados, Jamaica, Guiana e Trindade e Tobago –, a Caricom é integrada ainda por Antígua e Barbuda, Bahamas, Belize, Dominica, Granada, Haiti, Monserrate, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas e Suriname.

Conferência na Universidade de Havana

Na terça e na quarta-feira, a instituição universitária da capital cubana acolheu a XV Conferência Internacional da Cátedra de Estudos Caribenhos, no âmbito da qual se debateu o significado do 49.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre Cuba e Guiana, Trindade e Tobago, Barbados e Jamaica.

Depois de tornarem independentes do Reino Unido, os quatro estados caribenhos decidiram formalizar as relações com Cuba, mesmo com o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos.

No encontro académico, sublinhou-se o facto de as relações do território da actual Cuba com as Caraíbas insulares remontarem a um período anterior à chegada dos europeus, em resultado de migrações na região.

Mais tarde, nas primeiras décadas do século XX, milhares de trabalhadores haitianos e jamaicanos, e, em menor medida, de outras ilhas da região foram para Cuba participar na próspera indústria açucareira, segundo se pode ler num texto divulgado no portal do Ministério cubano dos Negócios Estrangeiros.

Registos da época confirmam igualmente a chegada à Ilha de jornaleiros provenientes de Saint Kitts e Neves, e, em menor número, de Martinica e Guadalupe.

«Depois do triunfo da Revolução cubana, em Janeiro de 1959, Havana deixou de olhar para os seus vizinhos como fonte de mão-de-obra e adoptou uma política identificada com o fim do colonialismo», lê-se no texto.

Desde os anos 70, Cuba deu formação profissional a mais de 50 mil educandos provenientes destes países, para os quais também destinou destacamentos de profissionais da saúde e com os quais cooperou em diversos sectores importantes para a região, como o turismo.

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