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|Colômbia

Colômbia: noite de forte repressão provoca vários mortos e feridos

Organizações de direitos humanos referiram que a Polícia disparou contra os manifestantes a partir de viaturas com vidros escurecidos. O MP anunciou que vai incriminar vários agentes por homicídio.

Créditos / sputniknews.com

Na noite de quarta-feira, voltou a registar-se intensa repressão por parte das forças de segurança na Colômbia, e pelo menos dois jovens foram mortos na localidade de Pereira (departamento de Risaralda).

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram polícias a disparar junto a um viaduto contra uma concentração de jovens que se manifestavam contra o governo de Iván Duque.

Estes vídeos seguem-se a outros, referentes à noite anterior, em que se vê a Polícia e os militares a dispararem fogo pesado e também a partir de helicópteros contra manifestantes, no âmbito dos protestos relacionados com a greve geral iniciada no passado dia 28 de Abril.

Além dos jovens mortos, que se soube serem Lucas Villa e Miguel Ciro, estudantes de Desporto na Universidade Tecnológica de Pereira, registaram-se vários feridos, na sequência das cargas e disparos policiais. Organizações de direitos humanos indicaram que a Polícia disparou contra os manifestantes a partir de viaturas com vidros escurecidos.

Neste contexto, o Ministério Público (MP) colombiano anunciou, esta quarta-feira, que irá incriminar diversos agentes pelos homicídios de três civis durante as manifestações. De acordo com o MP, o saldo é de 11 vítimas mortais até ao momento, bastante inferior ao registado por diversas ONG, como a Temblores ou a Grita, que afirmam terem ocorrido 37 mortes de manifestantes às mãos da Polícia entre 28 de Abril e 5 de Maio, refere a TeleSur.

As manifestações começaram há uma semana tendo como principal objectivo a retirada da reforma tributária proposta pelo governo de Duque e agora continuam nas ruas com um espectro de reivindicações muito mais amplo, em que se inclui a rejeição da violência estrututal e da brutalidade policial no país.

De acordo com o balanço divulgado pela Plataforma Grita, relativo à repressão exercida sobre os manifestantes pelos agentes do Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) e elementos do Exército colombiano, no período referido registaram-se 1708 casos de violência, com os mais recentes a ocorrerem em cidades como Pereira, Cáli, Medellín, Barranquilla, Buga, Palmira e Bogotá.

O balanço da repressão policial e militar aponta ainda para 222 casos de vítimas de violência física, 37 homicídios, 831 detenções arbitrárias, 312 intervenções violentas, 22 pessoas com lesões oculares, 110 vítimas de balas disparadas por polícias e dez casos de violência sexual.

ALBA-TCP condena a violência na Colômbia

Os países que integram a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) emitiram ontem um comunicado em manifestam a sua preocupação com as vítimas da violência física, das detenções arbitrárias, de desaparecimento, de abuso sexual durante a repressão dos protestos sociais.

O bloco repudiou o uso excessivo da força por parte dos agentes de segurança na Colômbia, tendo feito um apelo às autoridades para velarem pelo dever de proteger os direitos humanos, o direito à vida e à segurança pessoal, refere a agência Prensa Latina.

No texto, a ALBA-TCP destaca que a violência, por parte das forças do Estado, não resolve as causas estruturais das situações de injustiça social, e fez votos pela paz do povo da Colômbia e para que prevaleça o diálogo e a sensatez.

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