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China continuará a apoiar o Vietname na senda socialista por um futuro melhor

Em conversa com o seu homólogo vietnamita, o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, disse que o seu país continuará «a apoiar firmemente o Vietname no trilho socialista por um futuro melhor».

O Rio Mekong (Lancang na China) liga vários países no Sudeste Asiático, entre as montanhas altas do Sudoeste da China (onde nasce) e o Mar do Sul da China, no Pacífico, antes de ser filtrado por um vasto delta vietnamita 
Créditos / South China Morning Post

Na conversa telefónica que manteve esta sexta-feira com o novo ministro dos Negócios Estrangeiros vietnamita, Bui Thanh Son, Wang referiu-se ao lado chinês como «camarada e irmão» do Vietname, bem como à vizinhança amistosa e parceria importante que mantêm.

Destacou, além disso, o facto de em ambos os países se ter mantido a liderança dos partidos comunistas e as respectivas causas socialistas, acrescentando que os dois pertencem a uma comunidade com um futuro partilhado de significado estratégico, informa a agência Xinhua.

Enfrentando transformações raramente vistas num século, Wang assinalou que as duas partes devem ter presente a sua missão inicial, reforçar a confiança mútua e a unidade, fortalecer a cooperação estratégica e preservar os interesses comuns, o que, defendeu, ajudará a manter a segurança política dos dois países e a injectar um forte impulso na causa socialista mundial, sem se alhearem da tendência de progresso e desenvolvimento dos tempos.

Notando que este ano é extraordinário para os dois partidos e os dois países, o diplomata afirmou que o Partido Comunista da China (PCC) celebrará o centésimo aniversário e embarcará numa nova jornada de construção de um país socialista moderno de forma abrangente, tendo acrescentado que o Vietname, sob a nova liderança do partido e do governo, está a caminhar em direcção às duas metas centenárias de estabelecimento do Partido e do país.

China aposta no aprofundamento da cooperação

Wang disse que a China está disposta a reforçar, a todos os níveis, os intercâmbios amigáveis entre os dois partidos e os dois países, a acelerar a cooperação no comércio e no investimento, nas infra-estruturas, na luta contra a pandemia e noutras áreas.

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Xi Jinping declara a China livre de pobreza extrema

O presidente chinês afirmou, esta quinta-feira, que o país concluiu a «árdua tarefa» de erradicar a pobreza extrema, referindo que 98,99 milhões de pessoas saíram daquela condição nos últimos oito anos.

Foto aérea do local onde foram realojados os habitantes da aldeia de Huawu, na província de Guizhou (Sudoeste da China)
CréditosYang Wenbin / Xinhua

Numa cerimónia no Grande Palácio do Povo, em Pequim, Xi Jinping afirmou que a China alcançou uma «vitória total» na sua luta contra a pobreza e louvou o feito como «outro milagre da humanidade que entrará para a história», informa a agência Xinhua.

Graças aos esforços realizados pelo Partido Comunista da China (PCC), o país conseguiu debelar um fenómeno que existia há milhares de anos, permitindo que o povo veja agora concretizado o desejo de comida e roupa em abundância, bem como de habitação confortável, indica a mesma fonte.

Na ocasião foram homeageados mais de 1800 funcionários que perderam a vida ao cumprir a tarefa da erradicação da pobreza e condecorados outros que se destacaram nessa luta, para a qual o governo chinês destinou cerca de 248 mil milhões de dólares.

Além disso, refere a Xinhua, ao longo dos últimos oito anos Xi Jinping presidiu a sete simpósios de trabalho sobre redução da pobreza, dirigiu mais de 50 investigações sobre o tema e visitou as 14 regiões empobrecidas contíguas da China.

Xi defendeu que a China se torna uma referência no combate à pobreza e contribuiu para a batalha mundial contra a miséria, na medida em que, desde 2012 e de «acordo com os padrões actuais», retirou da pobreza 98,99 milhões de pessoas nas áreas rurais, abrangendo 832 condados e 128 mil aldeias em todo o país.

Essas localidades, recordou Xi, viveram profundas transformações, pois a campanha contra a pobreza que a China lançou na sequência do 18.º Congresso Nacional do PCC implicou o realojamento em bairros com casas mais confortáveis, instalações de serviços públicos, melhores infra-estruturas viárias, transportes e oportunidades de educação e emprego.

Apesar do feito alcançado, os níveis de rendimento das pessoas que recentemente saíram da pobreza são relativamente baixos, refere a Xinhua, pelo que o chefe de Estado pediu esforços redobrados ao Partido Comunista para solucionar os problemas que os camponeses enfrentam na agricultura e consolidar, com a revitalização rural, os resultados da luta travada contra a pobreza.


Nas últimas quatro décadas, com as reformas e a abertura, a China retirou 770 milhões de pessoas da pobreza, o que representa mais de 70% da redução da pobreza a nível global, segundo critérios estabelecidos pelo Banco Mundial.

Com a erradicação da pobreza extrema, a China atinge a meta da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas uma década antes do programado.

Yang Yalin, chefe do Partido na cidade de Zhaotong (província de Yunnan), disse à Xinhua que a chave para o êxito no combate à pobreza é confiar fimemente na liderança do PCC. «Por mais dura que seja a noz, estamos determinados a abri-la, com os esforços concertados dos quadros e das massas», frisou.

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A China quer igualmente acelerar a sinergia da Iniciativa do Cinturão e Rota (chinesa) e do plano Dois Corredores e Um Círculo Económico (sino-vietnamita), aprofundar a amizade entre os povos e as trocas entre os jovens dos dois países, tratar adequadamente as questões marítimas e promover o desenvolvimento contínuo da parceria estratégica abrangente China-Vietname para a nova era, refere a Xinhua.

O lado chinês está também disposto a trabalhar com os países da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), incluindo o Vietname, para assinalar o 30.º aniversário das relações de diálogo entre os dois lados, quer promover a rápida entrada em vigor e a implementação da Parceria Económica Regional Abrangente, acelerar a ligação entre a cooperação Lancang-Mekong e o Novo Corredor Internacional de Comércio Terrestre-Marítimo, e melhorar as relações China-ASEAN para melhor beneficiar as pessoas da região.

China, «escolha firme» do Vietname

Bui Thanh Son, por seu lado, afirmou a vontade de manter a ampla parceria estratégica de cooperação entre ambos os países e sublinhou que a China é a escolha firme e a prioridade diplomática do Vietname.

Son, que saudou o PCC pelo centésimo aniversário, enalteceu o «grande salto» dado pelo povo chinês, que, sob a liderança do Partido, se ergueu, se tornou mais rico e se está a tornar mais forte. Declarou igualmente o apoio do Vietname ao desenvolvimento da China e ao importante papel que detém na manutenção da paz, no desenvolvimento na região e no mundo em geral.

De acordo com o diplomata, o lado vietnamita pretende reforçar a cooperação com a China em diversas áreas e promover intercâmbios a todos os níveis, dinamizar vigorosamente a cooperação económica, comercial e de investimento no período pós-pandemia, intensificar os laços nos transportes e infra-estruturas, fortalecer a cooperação marítima e salvaguardar a paz e a estabilidade marítima de forma conjunta.

O aprofundamento das relações ASEAN-China e a dinamização da cooperação no quadro do mecanismo Lancang-Mekong foram igualmente defendidos por Son, que, refere a Xinhua, disse esperar que os dois países aumentem a coordenação e a cooperação em instituições multilaterais, como as Nações Unidas.

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