Na conversa telefónica que manteve esta sexta-feira com o novo ministro dos Negócios Estrangeiros vietnamita, Bui Thanh Son, Wang referiu-se ao lado chinês como «camarada e irmão» do Vietname, bem como à vizinhança amistosa e parceria importante que mantêm.
Destacou, além disso, o facto de em ambos os países se ter mantido a liderança dos partidos comunistas e as respectivas causas socialistas, acrescentando que os dois pertencem a uma comunidade com um futuro partilhado de significado estratégico, informa a agência Xinhua.
Enfrentando transformações raramente vistas num século, Wang assinalou que as duas partes devem ter presente a sua missão inicial, reforçar a confiança mútua e a unidade, fortalecer a cooperação estratégica e preservar os interesses comuns, o que, defendeu, ajudará a manter a segurança política dos dois países e a injectar um forte impulso na causa socialista mundial, sem se alhearem da tendência de progresso e desenvolvimento dos tempos.
Notando que este ano é extraordinário para os dois partidos e os dois países, o diplomata afirmou que o Partido Comunista da China (PCC) celebrará o centésimo aniversário e embarcará numa nova jornada de construção de um país socialista moderno de forma abrangente, tendo acrescentado que o Vietname, sob a nova liderança do partido e do governo, está a caminhar em direcção às duas metas centenárias de estabelecimento do Partido e do país.
China aposta no aprofundamento da cooperação
Wang disse que a China está disposta a reforçar, a todos os níveis, os intercâmbios amigáveis entre os dois partidos e os dois países, a acelerar a cooperação no comércio e no investimento, nas infra-estruturas, na luta contra a pandemia e noutras áreas.
O presidente chinês afirmou, esta quinta-feira, que o país concluiu a «árdua tarefa» de erradicar a pobreza extrema, referindo que 98,99 milhões de pessoas saíram daquela condição nos últimos oito anos. Numa cerimónia no Grande Palácio do Povo, em Pequim, Xi Jinping afirmou que a China alcançou uma «vitória total» na sua luta contra a pobreza e louvou o feito como «outro milagre da humanidade que entrará para a história», informa a agência Xinhua. Graças aos esforços realizados pelo Partido Comunista da China (PCC), o país conseguiu debelar um fenómeno que existia há milhares de anos, permitindo que o povo veja agora concretizado o desejo de comida e roupa em abundância, bem como de habitação confortável, indica a mesma fonte. Na ocasião foram homeageados mais de 1800 funcionários que perderam a vida ao cumprir a tarefa da erradicação da pobreza e condecorados outros que se destacaram nessa luta, para a qual o governo chinês destinou cerca de 248 mil milhões de dólares. Além disso, refere a Xinhua, ao longo dos últimos oito anos Xi Jinping presidiu a sete simpósios de trabalho sobre redução da pobreza, dirigiu mais de 50 investigações sobre o tema e visitou as 14 regiões empobrecidas contíguas da China. Xi defendeu que a China se torna uma referência no combate à pobreza e contribuiu para a batalha mundial contra a miséria, na medida em que, desde 2012 e de «acordo com os padrões actuais», retirou da pobreza 98,99 milhões de pessoas nas áreas rurais, abrangendo 832 condados e 128 mil aldeias em todo o país. Essas localidades, recordou Xi, viveram profundas transformações, pois a campanha contra a pobreza que a China lançou na sequência do 18.º Congresso Nacional do PCC implicou o realojamento em bairros com casas mais confortáveis, instalações de serviços públicos, melhores infra-estruturas viárias, transportes e oportunidades de educação e emprego. Apesar do feito alcançado, os níveis de rendimento das pessoas que recentemente saíram da pobreza são relativamente baixos, refere a Xinhua, pelo que o chefe de Estado pediu esforços redobrados ao Partido Comunista para solucionar os problemas que os camponeses enfrentam na agricultura e consolidar, com a revitalização rural, os resultados da luta travada contra a pobreza. Nas últimas quatro décadas, com as reformas e a abertura, a China retirou 770 milhões de pessoas da pobreza, o que representa mais de 70% da redução da pobreza a nível global, segundo critérios estabelecidos pelo Banco Mundial. Com a erradicação da pobreza extrema, a China atinge a meta da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas uma década antes do programado. Yang Yalin, chefe do Partido na cidade de Zhaotong (província de Yunnan), disse à Xinhua que a chave para o êxito no combate à pobreza é confiar fimemente na liderança do PCC. «Por mais dura que seja a noz, estamos determinados a abri-la, com os esforços concertados dos quadros e das massas», frisou. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Xi Jinping declara a China livre de pobreza extrema
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A China quer igualmente acelerar a sinergia da Iniciativa do Cinturão e Rota (chinesa) e do plano Dois Corredores e Um Círculo Económico (sino-vietnamita), aprofundar a amizade entre os povos e as trocas entre os jovens dos dois países, tratar adequadamente as questões marítimas e promover o desenvolvimento contínuo da parceria estratégica abrangente China-Vietname para a nova era, refere a Xinhua.
O lado chinês está também disposto a trabalhar com os países da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), incluindo o Vietname, para assinalar o 30.º aniversário das relações de diálogo entre os dois lados, quer promover a rápida entrada em vigor e a implementação da Parceria Económica Regional Abrangente, acelerar a ligação entre a cooperação Lancang-Mekong e o Novo Corredor Internacional de Comércio Terrestre-Marítimo, e melhorar as relações China-ASEAN para melhor beneficiar as pessoas da região.
China, «escolha firme» do Vietname
Bui Thanh Son, por seu lado, afirmou a vontade de manter a ampla parceria estratégica de cooperação entre ambos os países e sublinhou que a China é a escolha firme e a prioridade diplomática do Vietname.
Son, que saudou o PCC pelo centésimo aniversário, enalteceu o «grande salto» dado pelo povo chinês, que, sob a liderança do Partido, se ergueu, se tornou mais rico e se está a tornar mais forte. Declarou igualmente o apoio do Vietname ao desenvolvimento da China e ao importante papel que detém na manutenção da paz, no desenvolvimento na região e no mundo em geral.
De acordo com o diplomata, o lado vietnamita pretende reforçar a cooperação com a China em diversas áreas e promover intercâmbios a todos os níveis, dinamizar vigorosamente a cooperação económica, comercial e de investimento no período pós-pandemia, intensificar os laços nos transportes e infra-estruturas, fortalecer a cooperação marítima e salvaguardar a paz e a estabilidade marítima de forma conjunta.
O aprofundamento das relações ASEAN-China e a dinamização da cooperação no quadro do mecanismo Lancang-Mekong foram igualmente defendidos por Son, que, refere a Xinhua, disse esperar que os dois países aumentem a coordenação e a cooperação em instituições multilaterais, como as Nações Unidas.
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