«Já estamos a receber pedidos de vários países para que possamos começar a exportar fármacos. Há vários países que o requerem porque não têm essa tecnologia que nós desenvolvemos na Bolívia», afirmou o chefe de Estado durante uma visita ao Complejo Ciclotrón Radiofarmacia Preclínica, localizado na cidade de El Alto.
O Complexo iniciou, esta quinta-feira, a produção de Fluorodesoxiglicose (FDG) e Luis Arce assistiu ali à primeira entrega do radiofármaco produzido na instituição científica, tendo visitado as suas instalações acompanhado por Hortensia Jiménez, directora da Agência Boliviana de Energia Nuclear (ABEN).
Nas redes sociais, o presidente boliviano destacou o facto, afirmando que, a partir de agora, o país sul-americano já não necessita de importar este fármaco para a detecção do cancro na Rede de Centros de Medicina Nuclear e Radioterapia, que estará disponível de forma gratuita no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Arce referiu-se ao facto como um «marco histórico para a Bolívia» e adiantou que, em breve, não será apenas a FDG a ser produzida, mas que o país irá gradualmente produzir fármacos cada vez mais especializados para detectar e combater as doenças oncológicas, indica a Agencia Boliviana de Información (ABI).
«Com o ciclotrão, existe uma capacidade instalada invejável de produção, que permitirá à Bolívia sintetizar outro tipo de radiofármacos, cada vez mais especializados, tanto para crianças e pacientes com problemas cardiológicos, entre outros», disse.
Outro elemento destacado por Luis Arce é que quem cria este tipo de elementos com tecnologias de ponta são profissionais bolivianos.
Com o ciclotrão, a Bolívia entra no mapa dos países que possuem alta tecnologia ao nível da medicina nuclear e alcança um grande triunfo no quadro do seu Modelo Económico Social Comunitário Produtivo, com substituição de importações.
«Inclusive, já existe o pedido de outros países para que os nossos fármacos atravessem a fronteira. Estamos a avançar», frisou o chefe de Estado.
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