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|Bolívia

Bolívia: centenas de pessoas exigem justiça para golpista detido

Vítimas do massacre de Senkata e organizações sociais realizaram uma vigília em La Paz exigindo ao Ministério Público «justiça e prisão» para Luis Fernando Camacho, detido esta quarta-feira.

Créditos / Prensa Latina

Centenas de pessoas mobilizaram-se [vídeo] à frente das instalações da Força Especial de Luta contra o Crime (FELCC), aguardando pelas decisões que o Ministério Público tome relativamente ao governador da província de Santa Cruz e reconhecido membro da extrema-direita.

Na cidade de El Alto, indica a Agencia Boliviana de Información (ABI), também houve mobilizações a exigir que o «golpista» responda perante a Justiça pelos massacres de Senkata e Sacaba, bem como por todos aqueles que sofreram a violação dos seus direitos durante o golpe de 2019.

«Estaremos em vigília frente à FELCC até que o Ministério Público cumpra a exigência de justiça, para que Camacho não possa escapar», disse Aldo Michel, advogado do Comité Promotor do Julgamento contra Jeanine Áñez.

Luis Fernando Camacho foi detido ontem na cidade de Santa Cruz e transferido por via aérea para La Paz, onde deve responder pelo caso Golpe de Estado I.

Para Michel, trata-se de um momento de viragem da Justiça na Bolívia, pois passaram 17 meses desde que o governador de Santa Cruz foi chamado a depor no âmbito do processo Golpe de Estado I, tendo gozado de impunidade até agora, o que levou a que cometesse outros crimes.

Neste caso, Camacho é investigado como o principal promotor do derrube do governo constitucional do então presidente Evo Morales e das suas consequências, nomeadamente os massacres de Sacaba e Senkata.

Entre as provas existentes contra ele, figura a sua própria confissão num vídeo que circula nas redes sociais e que foi exibido nos canais nacionais de televisão, no qual Camacho conta ao seu círculo de amigos como, através do seu pai, conspirou com chefias policiais e militares para levar a cabo o golpe.

Advogado de acusação pede prisão preventiva

Questionado pelo Ministério Público, Fernando Camacho remeteu-se ao silêncio e, indica a ABI, espera que, na audiência preliminar, seja decidido se exerce o direito à defesa em liberdade ou na cadeia.

O advogado de acusação, Jorge Nina, já disse que pedirá a prisão preventiva para o principal acusado pelos «factos de violência e morte de 2019», ligados ao golpe de Estado e à tomada do poder por Jeanine Áñez.

Em declarações à imprensa, Nina recordou que o mandado de detenção executado esta quarta-feira não é recente e que a defesa do detido estava a par de crimes como terrorismo.

Entretanto, depois de sectores da oposição terem afirmado que a detenção de Camacho era um «sequestro», a Procuradoria-Geral esclareceu, em comunicado, que Camacho foi detido no contexto de um mandado emitido pela Procuradoria Departamental de La Paz.

Se, em La Paz e El Alto, as mobilizações a favor da justiça têm sido pacíficas, em Santa Cruz, após a detenção de Camacho, houve uma «onda de violência» por parte de sectores da extrema-direita, com ataques ao edifício e veículos da Procuradoria Departamental [vídeo], e ao Comando Departamental da Polícia, e o incêndio do edifício da Direcção de Apoio à Prevenção do Consumo de Drogas, Controlo do Tráfico Ilícito de Substâncias Controladas e Coca Excedentária, refere a fonte.

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