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|Cuba

Autoridades cubanas repudiam relatório dos EUA sobre tráfico de pessoas

Os EUA incluíram a Ilha noutra das suas «listas negras»; o governo cubano respondeu que a Casa Branca não tem «autoridade política e moral para julgar estados soberanos ou emitir certificados de conduta».

 Médico cubano atende doente numa reserva indígena
Médico cubano atende doente numa reserva indígenaCréditos / ONU Brasil

O Departamento de Estado norte-americano incluiu Cuba, na passada quinta-feira, na «lista negra» do tráfico humano, considerando que «não cumpre completamente com os padrões mínimos para a eliminação do tráfico de pessoas e não faz esforços significativos com esse fim», indica a Prensa Latina.

Em comunicado, o Ministério cubano dos Negócios Estrangeiros afirmou que o relatório norte-americano é «unilateral», e não possui «legitimidade ou qualquer reconhecimento internacional», já que os seus propósitos são «claramente políticos e manipuladores», uma «arma de pressão contra outros estados».

O relatório apresentado pelos EUA é classificado como «calunioso», na medida em que se afasta do «verdadeiro desempenho» da Ilha no que se refere ao combate do tráfico humano.

No texto, as autoridades cubanas sublinham o desconhecimento, por parte da administração de Donald Trump, do trabalho que Cuba desenvolve ao nível da prevenção e da resposta ao tráfico de pessoas, bem como a política de «tolerância zero» vigente na maior ilha das Antilhas face a esse flagelo.

A este propósito, o comunicado acrescenta que Cuba alcançou prestígio internacional na execução do Plano de Acção Nacional para a Prevenção e Combate ao Tráfico de Pessoas e a Protecção às Vítimas (2017-2020), algo que o relatório dos Estados Unidos também deixa de lado.

Segundo o Ministério cubano – que lembra que os EUA são um dos países com maiores problemas de tráfico de menores e mulheres –, o relatório agora emitido pelo Departamento de Estado ataca também a cooperação médica internacional de Cuba, visando «difamar a legítima cooperação Sul-Sul que os países em desenvolvimento praticam e da qual o país caribenho faz parte e se orgulha».

Neste sentido, o comunicado destaca o trabalho de milhares de profissionais cubanos ao longo de quase seis décadas, que salvaram ou ajudaram a salvar as vidas de milhões de pessoas, em mais de 160 países.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, também se pronunciou, na sua conta de Twitter, sobre as acusações vertidas contra a cooperação médica do país caribenho, tendo escrito: «Isto é o que as ideias conservadoras que imperam nos EUA confundem com tráfico de pessoas. Denunciamos esta acusação imoral, mentirosa e perversa.»

«De que "tráfico" se trata?»

Num artigo ontem publicado no periódico Granma, Elson Concepción Pérez afirma que «por muitas voltas que dêem ao plano manipulador no que respeita ao contributo dos nossos médicos, enfermeiras e outro pessoal da Saúde, não se pode obviar que são muitas as organizações internacionais, os povos e os governos dignos que se sentem agradecidos a esta pequena Ilha, que não dá o que lhe sobra mas partilha o que tem».

Lembra ainda as palavras da Relatora Especial da Organização das Nações Unidas para o Tráfico de Seres Humanos, Maria Grazia Giammarinaro, numa visita a Cuba em Abril de 2017.

«Fui testemunha da vontade política do Estado cubano em combater o tráfico de pessoas; há um grande enfoque na prevenção, que eu felicito. Observei boas práticas e o interesse das autoridades em fortalecê-las», disse a representante da ONU. Palavras que Trump e os seus esquecem ou desconhecem.

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