«O bloqueio mata, é criminoso, é unilateral e deve acabar. Os Estados Unidos devem deixar Cuba viver em paz», destacou a activista brasileira ao intervir pelo canal russo do YouTube Europa para Cuba, durante a maratona mediática em solidariedade com o país das Antilhas.
Indicou que para os militantes que lutam pela paz no mundo é muito importante defender as garantias dos direitos de Cuba.
Assinalou que Cuba decidiu defender-se como país determinado a ser independente e senhor do seu destino, e que fez uma Revolução assente nos direitos e necessidades dos mais humildes e oprimidos.
«Rompeu com a domínio do colonialismo e do imperialismo norte-americano e conquistou a sua soberania, fruto da grande unidade do seu povo, que tenta construir uma sociedade justa, soberana, humanista, solidária e internacionalista no seu caminho de construção socialista», disse Gomes, citada pela Prensa Latina.
Alertou que ao longo de 60 anos a Ilha teve de enfrentar os Estados Unidos, «a potência mais cruel e perversa, e o seu governo fora da lei», que continua a tentar sufocar a população cubana, para que o desespero leve o povo a rebelar-se contra as autoridades revolucionárias.
«É a sua maneira de tentar fazer com que Cuba se curve perante os desígnios egoístas de dominação hegemónica. É a mesma coisa que o imperialismo norte-americano tenta fazer em todo o mundo», enfatizou.
A dirigente latino-americana afirmou que esta política norte-americana se mantém apesar das resoluções aprovadas pelas Nações Unidas há 29 anos com o apoio da maioria dos países do mundo.
«O carácter extraterritorial das medidas do bloqueio permite a Washington sancionar empresas, bancos e instituições que negociam com Cuba e levá-los perante tribunais norte-americanos. Qual é o objectivo? Vergar e derrotar a Revolução Cubana», denunciou.
Mais educação, mais saúde, mais internacionalismo
Comentou que este bloqueio, o mais longo e cruel da história moderna, foi acompanhado pela invasão mercenária da Baía dos Porcos, além de anos de ataques, sabotagem e guerra mediática. «No entanto, a resposta de Cuba foi mais educação, mais saúde, mais revolução, mais internacionalismo», frisou.
Gomes destacou que a crueldade da política norte-americana foi exposta nos últimos anos, quando, no meio da crise associada à pandemia de Covid-19, proibiu a venda de medicamentos e alimentos a Cuba.
Referiu que, enquanto o mundo procurava soluções, quando a cooperação e a solidariedade entre povos e nações eram mais necessárias, os Estados Unidos, de forma egoísta, endureceram as sanções contra a Ilha e proibiram a venda de material médico, de protecção sanitária e matérias-primas para a produção de medicamentos.
«A resposta de Cuba a esta situação foi trabalhar com determinação, sagacidade, inteligência e soberania para descobrir quatro vacinas contra a Covid-19», destacou.
Socorro Gomes ressaltou o modo como, neste período de dificuldades para toda a humanidade, o país caribenho enviou as suas brigadas de profissionais de saúde para todo o mundo, ajudando vários países.
«Por outras palavras, Cuba responde com humanismo, com solidariedade, com cooperação», enquanto o governo dos Estados Unidos a ataca, disse.
A presidente do Conselho Mundial da Paz afirmou ainda que Cuba, com o seu exemplo, conquistou o apoio dos movimentos de solidariedade, bem como o respeito e a admiração de todos os povos do mundo.
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