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|Nicarágua

ALBA-TCP condena novas sanções norte-americanas contra a Nicarágua

O mecanismo de integração latino-americano e caribenho condenou, esta quinta-feira, as novas medidas coercivas unilaterais dos EUA contra a Nicarágua, qualificando-as como «ilegais».

A maioria dos nicaraguenses defende a paz
A maioria dos nicaraguenses defende a pazCréditos / Twitter

Em comunicado, a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) denunciou a mais recente agressão contra o povo e o governo nicaraguenses, visando o sector mineiro e aplicando restricções de vistos a funcionários do país centro-americano.

O texto reitera o apelo realizado pela Assembleia Geral das Nações Unidas a todos os estados, na resolução 75/181, para que «deixem de adoptar ou aplicar medidas unilaterais contrárias ao direito internacional, ao direito internacional humanitário e à Carta das Nações Unidas».

Também às que ferem as «normas e princípios que regem as relações pacíficas entre os estados, em particular as de carácter coercivo, impedindo a realização plena dos direitos enunciados na Declaração Universal dos Direitos Humanos e outros instrumentos internacionais» sobre a matéria.

Em particular, destaca a ALBA-TCP, as medidas que colocam obstáculos ao «direito das pessoas e dos povos ao desenvolvimento».

Reiterando o apelo à denúncia destas «agressões contínuas», o organismo de integração regional reafirmou o seu «apoio e solidariedade com o povo e o Governo de Reconciliação e Unidade Nacional da Nicarágua».

Mantém-se a ofensiva contra a Nicarágua

Na segunda-feira passada, o Departamento do Tesouro norte-americano informou, em comunicado, que o presidente Joe Biden assinou uma ordem executiva que autoriza o departamento a atacar «certas pessoas que operam ou operaram no sector do ouro da economia nicaraguense».

Concretamente, é sancionada a Direcção-Geral de Minas da Nicarágua, que é considerada «uma peça importante nas operações do ouro controladas pelo Estado» no país centro-americano, afirma o Departamento do Tesouro.

Em simultâneo, a nova ordem executiva de Biden prevê sanções mais abrangentes, que, segundo revela a entidade, «poderiam ser usadas para proibir novos investimentos em determinados sectores», restringir a importação de certos produtos de origem nicaraguense ou as exportações dos Estados Unidos para a Nicarágua.

O pendão erguido dos Direitos Humanos

Como é prática corrente dos EUA e seus aliados ocidentais, as sanções, assim como outras formas de ingerência, financiamento de golpes e apoios a mudanças de regime, encontram a base de sustentação no pendão erguido dos Direitos Humanos.

Segue-se a avalanche mediática. A armadilha está lançada e, de forma recorrente, nestes tempos desafiantes, até a esquerda consequente – a quem cabe defender esses direitos e bater-se pela Paz – cai nesses cantos que justificam punições colectivas e sofrimentos de povos.

A ligação dos EUA à trama do golpe de 2018 foi exposta. Derrotada a intentona, os EUA impõem sistematicamente sanções contra o governo da Nicarágua, que não esconde a sua «preferência» pela China e pela Rússia (e por Cuba e pela Venezuela).

Como se mandassem no mundo – e com a União Europeia a seus pés –, fazem das sanções uma ferramenta de destruição – na Síria, em Cuba, na Venezuela, no Irão, na China, no Líbano, na Rússia, no Iémen, na Bielorrúsia, na Bolívia, na Nicarágua e onde bem entendem.

O Departamento do Tesouro afirma que, com a nova ordem executiva, «poderá usar – e efectivamente usaremos – cada ferramenta com que contamos para privar o regime de Ortega-Murillo dos recursos de que precisa para continuar a enfraquecer as instituições democráticas na Nicarágua».

A instrumentalização da «democracia» e dos «direitos humanos» pelo Ocidente para criar agitação e desestabilização onde lhe interessa repete-se tanto e segue um guião tão claro que se fareja à distância e sem grandes dificuldades, na Bolívia, na Síria, na Bielorrússia ou no Irão.

Entretanto, no contexto de uma esquerda fragilizada e ansiosa por ficar bem na TV e nas redes sociais, o «resto do mundo» segue cada vez mais o seu caminho e vai cada vez menos atrás da Casa Branca e dos seus acólitos (europeus).

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