Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|Palestina

Agressão israelita priva 630 mil estudantes do direito à educação na Faixa de Gaza

No espaço de 11 meses, mais de 85% das escolas no enclave palestiniano foram destruídas ou danificadas, refere a ONU. O que resistiu está a ser usado como refúgio por quem perdeu a casa.

Três crianças crianças escrevem em cadernos em Jabalia, no Norte da Faixa de Gaza, a 8 de Setembro de 2024 CréditosOmar al-Qattaa / Al Jazeera

Moataz, de 15 anos, devia ter começado hoje as aulas do 10.º ano. Em vez disso, lembra a Al Jazeera, acordou numa tenda em Deir al-Balah (região central da Faixa de Gaza) e teve de ir buscar água a mais de um quilómetro de distância.

Umm Zaki, a sua mãe, disse que, «habitualmente, um dia como este seria de celebração, ver as crianças a ir para a escola e sonharem em tornar-se médicos e engenheiros».

«Hoje, tudo o que esperamos é que a guerra acabe antes que percamos algum deles», frisou.

No dia do regresso às aulas do ano lectivo 2024-25, Moataz é um dos mais de 630 mil estudantes de Gaza que continuam a ser privados do direito à educação por causa da agressão israelita ao território.

De acordo com o Ministério palestiniano da Educação, outras 58 mil crianças foram afectadas – aquelas que deviam começar hoje a frequentar as aulas do primeiro ano do ensino básico.

A tutela revelou ainda que 39 mil estudantes foram impedidos de realizar os seus exames de nível secundário desde 7 de Outubro último.

A isto, acresce o facto de 11 500 menores em idade escolar terem sido mortos, entre os 25 mil menores que foram mortos ou feridos no contexto da agressão israelita, refere a Al Jazeera.

Ainda segundo o Ministério da Educação, 90% das 307 escolas públicas no território foram destruídas, mais de 750 trabalhadores do sector foram mortos e milhares ficaram feridos devido aos ataques aéreos e de artilharia israelitas.

«Quanto mais tempo as crianças se mantiverem fora da escola, mais difícil será para elas recuperarem a aprendizagem perdida e mais se arriscam a tornar-se uma geração perdida, sendo vítimas da exploração, incluindo o casamento infantil, o trabalho infantil e o recrutamento para grupos armadas», declarou a propósito Juliette Touma, directora de comunicações da UNRWA (agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos).

Entretanto, mesmo num contexto de elevada tensão e agressões sionistas crescentes, o novo ano escolar começou hoje na Margem Ocidental ocupada, envolvendo mais de 806 mil estudantes e 51 400 professores, refere a Wafa.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui