As forças de ocupação mataram 18 489 estudantes e feriram outros 28 854 na Faixa de Gaza e na Margem Ocidental desde o início da mais recente ofensiva israelita contra o enclave costeiro, revelou o Ministério palestiniano da Educação esta terça-feira.
De acordo com o comunicado divulgado pela Wafa, 18 346 estudantes foram mortos e 27 884 foram feridos na sequência de ataques israelitas à Faixa de Gaza, enquanto na Cisjordânia ocupada Israel matou 143 estudantes, feriu 970 e deteve 740.
O texto refere ainda que, no mesmo período (de 7 de Outubro de 2023 para cá), 970 professores e trabalhadores administrativos do sector foram mortos, e 4533 foram feridos pelas forças de ocupação em Gaza e na Margem Ocidental. Neste último território, foram ainda detidos 199 trabalhadores.
No que respeita a ataques a instituições de ensino, a tutela destaca que, no enclave costeiro, 160 escolas públicas foram completamente destruídas e 63 edifícios universitários foram inteiramente arrasados.
Além disso, 118 escolas públicas e 93 geridas pela Unrwa (agência da ONU para os refugiados palestinianos) foram bombardeadas e vandalizadas pela ocupação, indica a fonte, acrescentando que a agressão levou a que 25 escolas – com todos os seus estudantes e docentes – desaparecessem dos registos.
O Ministério da Educação informa ainda que, na Cisjordânia ocupada, as forças israelitas danificaram 152 escolas e levaram a cabo operações sucessivas contra oito universidades.
Hospitais sem sangue
Também em comunicado, o Ministério da Saúde em Gaza alertou para a grave escassez de unidades de sangue para o tratamento de feridos e doentes, no contexto da agressão israelita ao território.
No texto, as autoridades de saúde indicam que o sector precisa diariamente de 350 unidades e componentes sanguíneos para fazer frente à actual situação no enclave, em resultado dos bombardeamentos e do bloqueio imposto pela ocupação.
Muitos dos feridos necessitam de sangue para serem tratados, mas o seu fornecimento decresceu devido à diminuição de doações, por causa da fome e da desnutrição resultante da agressão, explica o texto.
Recentemente, numa entrevista a uma cadeia árabe, o director-geral do ministério, Munir al-Barash, já tinha alertado para esta situação, bem como para a falta de medicamentos, tendo ainda afirmado que os hospitais estavam cheios de feridos, por causa dos bombardeamentos constantes, e que o número de amputações estava a aumentar.
Entretanto, fontes médicas no território revelaram, esta terça-feira, que mais três pessoas tinham morrido devido à fome nas 24 horas anteriores, elevando para 303 os casos de mortes nestas circunstâncias – incluindo 117 crianças.
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