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Acordo estratégico China-Irão é um «sério aviso» aos EUA

O acordo de cooperação recentemente firmado entre Irão e China constitui, segundo o presidente do Parlamento iraniano, um sério aviso de que as relações internacionais não avançam a favor dos EUA.

O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, e o seu homólogo iraniano, Mohammad Javad Zarif, posam para a foto com o acordo integral de cooperação China-Irão, a 27 de Março de 2021, em Teerão 
O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, e o seu homólogo iraniano, Mohammad Javad Zarif, posam para a foto com o acordo integral de cooperação China-Irão, a 27 de Março de 2021, em Teerão Créditos / france24.com

«A assinatura do acordo integral de cooperação entre Irão e China é um alerta importante para que os Estados Unidos entendam que as relações internacionais estão a avançar depressa em seu detrimento e que [os EUA] já não estão em posição de impor unilateralmente um modelo, plano ou acordo a países independentes», disse este domingo Mohammad Baqer Qalibaf, presidente do Parlamento iraniano, numa sessão aberta da instituição.

O acordo é, em seu entender, um «passo estratégico», uma vez que diz ao mundo que as questões globais não se restringem ao Ocidente e que o «próximo século pertence à Ásia», informa a PressTV.

Qalibaf, refere a fonte, destacou a importância de aproveitar as oportunidades existentes para «traduzir este documento em projectos económicos e políticos, planos e cooperação, salvaguardando os interesses nacionais».

No passado dia 27, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohammad Javad Zarif, e o seu homólogo da China, Wang Yi, procederam à oficialização, na capital iraniana, do acordo de cooperação estratégica integral, vigente por um período de 25 anos.

Ainda não foram revelados detalhes do acordo, que, ainda assim, foi caracterizado pela TeleSur como «um marco nas relações entre ambos os países» e sobre o qual Javad Zarif disse, na sua conta de Instagram, que busca «promover de forma prática» os laços estratégicos e apresenta «uma rota para um horizonte a longo prazo».

Por seu lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China deixou claro que o acordo visava cimentar os laços bilaterais de cooperação e não era contra terceiras partes.

Regresso às metas do JCPOA dependem do levantamento total das sanções

Baqer Qalibaf disse ainda que o Plano de Acção Estratégico para Combater as Sanções, uma lei aprovada em Dezembro último pelo Parlamento iraniano, desbloqueou a indústria nuclear do país e inclinou a balança para o lado do Irão.

De acordo com essa lei, foram suspensos mais compromissos ao abrigo do acordo nuclear subscrito em 2015 pelo Irão e pelo Grupo 5+1 (os cinco membros com assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas – EUA, Reino Unido, França, Rússia e China – e a Alemanha), designado oficialmente como Plano de Acção Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) e do qual Washington se retirou em Maio de 2018. Três meses depois, uma ordem executiva de Donald Trump repôs as sanções contra o país persa.

«Os americanos deviam saber que a principal estratégia do Irão para se livrar das sanções assenta em neutralizá-las, e agora a indústria nuclear do país foi reactivada; cabe-lhes a eles decidir e levantar as sanções como um todo e de forma prática», disse Qalibaf, citado pela PressTV.

Promessas no papel ou o levantamento incompleto das sanções não correspondem às exigências do Irão. «Dissemos repetidamente que vamos cumprir o que assumimos com base no JCPOA depois de comprovar que o levantamento das sanções não ocorre apenas no papel», frisou.

O destino do Plano de Acção Conjunto Global permanece incerto, uma vez que o presidente dos EUA, Joe Biden, se tem mantido fiel à política de pressão da Casa Branca quando o inquilino era Donald Trump, apesar da vontade aparente em regressar ao acordo.

Depois das declarações recentes do Departamento de Estado norte-americano sobre os «passos que o Irão teria de dar para regressar ao cumprimento do JCPOA», o Ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros afirmou, no sábado passado, que uma retirada gradual das sanções impostas ao país estava fora de questão.

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